Frederico Silva, o 11.º português a jogar o quadro principal de um Grand Slam na Era Open

Beatriz Ruivo/FPT

Tudo começou em 1988 e daí para cá a lista tem aumentado: esta quarta-feira, 13 de janeiro de 2021, Frederico Silva garantiu que será o 11.º tenista português da história da Era Open (desde 1968) a participar no quadro principal de singulares de um torneio do Grand Slam, aumentando o conjunto de nomes que foi inaugurado por Nuno Marques.

Com 25 anos, o jogador natural das Caldas da Rainha ultrapassou com distinção as três rondas do qualifying do Australian Open, que por razões pandémicas se realizou em Doha (quadro masculino) e no Dubai (quadro feminino).

O feito fará de Frederico Silva o oitavo português a jogar um quadro principal de singulares masculino de um torneio do Grand Slam e no 11.º do cômputo geral.

Tudo começou no dito ano de 1988, quando Nuno Marques entrou diretamente no quadro principal do US Open, e logo cinco meses depois João Cunha e Silva repetiu o feito ao jogar o Australian Open de 1989.

Depois, foi preciso esperar-se 19 anos e pela viragem de milénio para haver outro tenista português a estrear-se em quadros principais de torneios do Grand SlamFrederico Gil passou a fase de qualificação de Roland Garros em 2008, sendo travado na eliminatória inaugural. Ainda no mesmo ano, também Rui Machado cumpriria a primeira presença — e que presença: o algarvio só perdeu no quinto set da segunda ronda para Fernando Verdasco, então número 13 mundial.

No ano seguinte, Michelle Larcher de Brito tornou-se na primeira mulher portuguesa a chegar ao quadro principal de um torneio do Grand Slam — e não só o fez como escreveu o melhor resultado até então, ao chegar de forma triunfal à terceira ronda de Roland Garros em 2009. A proeza de jogar o quadro principal de um Grand Slam foi repetida por Neuza Silva no mês seguinte, na relva de Wimbledon.

Três anos depois, Maria João Koehler foi a jogo no quadro principal do Australian Open 2012 (e no ano seguinte tornou-se na primeira mulher portuguesa a disputar os quatro quadros principais na mesma época) e entretanto surgiu João Sousa, que disputou o primeiro quadro principal de torneios do Grand Slam em Roland Garros 2012, depois de derrotar David Goffin na última ronda da qualificação. Desde aí, o vimaranense tem escrito recordes — entre os quais o melhor resultado de sempre de um português nestas provas, em setembro último.

A ele seguiram-se Gastão Elias, cuja primeira participação em “Majors” aconteceu em Roland Garros 2014 (fruto de uma fase de qualificação bem sucedida), e Pedro Sousa, que há exatamente dois anos, e depois de várias insistências em qualifyings, conseguiu entrar diretamente no quadro principal do Australian Open 2019.

Agora, chegou a vez de Frederico Silva fazer história.

Total de participações de portugueses em quadros principais de singulares masculinos de torneios do Grand Slam:

32* – João Sousa
14 – Frederico Gil
13 – Nuno Marques
10 – Rui Machado, Michelle Larcher de Brito
7 – Gastão Elias, João Cunha e Silva
5 – Maria João Koehler
3* – Pedro Sousa
1* – Frederico Silva, Neuza Silva

*Já com o Australian Open 2021 incluído.

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