Combinaram jogar o Maia Open dias antes do torneio arrancar e sagraram-se campeões no primeiro torneio enquanto parceria. Zdenek Kolar e Andrea Vavassori cederam apenas um set em todo o percurso e hoje bateram Lloyd Glasspool e Harri Heliovaara por 6-3 e 6-4.
Após a vitória convincente, a dupla checo-italiana passou pela sala de conferências de imprensa do Complexo de Ténis da Maia. “Estou muito feliz por esta vitória, no nosso primeiro torneio juntos. Fiz muitas finais nestes últimos dois anos mas os resultados não tinham sido os melhores e já não ganhava um título desde Pozman, no ano passado. Mas desta vez estava confiante porque acho que somos uma boa equipa”, apontou Vavassori.
“Sempre que ganho títulos é incrível porque não é possível todas as semanas. Temos de desfrutar sobretudo porque é o último torneio do ano. Falámos uns dias de viajarmos para jogarmos e foi uma grande escolha dos dois lados”, referiu Kolar, que além da meia-final de singulares em Braga no ano passado, há pouco mais de um mês no CIF também chegou ao encontro decisivo, cedendo perante Gonçalo Oliveira e Roberto Cid Subervi, na altura com o finlandês Harri Heliovaara como parceiro, hoje adversário. “Gosto muito de Portugal. Das pessoas, da comida, dos clubes. E quando tenho bons resultados é ainda melhor”.
No entanto, apesar do triunfo hoje (para Kolar foi a terceira vitória do ano), os tempos recentes não têm sido fáceis, por motivos bem diferentes. Zdenek Kolar tem fraquejado em singulares. “Tenho competido todas as semanas nas duas variantes. Se nos pares consigo ganhar é uma grande ajuda para saber que ainda posso jogar um bom ténis. Só tenho de esperar por bons resultados também em singulares”. Para Vavassori, os problemas são bem maiores, já que testou positivo ao Coronavírus, tal como o pai e toda a família. “Este é o meu primeiro torneio desde Outubro porque estive em casa 20 dias em quarentena e só podia fazer algum ginásio. Na semana passada já me senti melhor e já estamos em boa forma, por isso decidi vir à Maia, foi uma boa decisão”.
Com o futuro totalmente indefinido, o italiano de 25 anos tem algumas ideias para 2021. “Dou-me muito bem com o Lorenzo Sonego. Ele está perto do top 30 em singulares e espero que consigamos jogar alguns ATP e entrar no Open da Austrália. Individualmente, estou perto do top 300, devo jogar Challengers, e em pares espero jogar com o Kolar mais vezes”.