Pedro Sousa continua a somar vitórias no Complexo de Ténis da Maia e esta sexta-feira qualificou-se para as meias-finais de singulares do Maia Open, torneio do ATP Challenger Tour que é organizado pela Federação Portuguesa de Ténis com o apoio da Câmara Municipal da Maia.
Um dia depois de ter levado a melhor num duelo de amigos frente a Gastão Elias, o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis superou o belga Kimmer Coppejans (179.º) por 6-2, 3-6 e 6-1.
“Estou feliz porque o objetivo principal era ganhar. O primeiro e o terceiro sets foram os melhores que fiz neste torneio, mas infelizmente a meio do segundo tive um pequeno apagão e ele ganhou-me quatro jogos de seguida. Tenho de corrigir isso, se calhar com outro tipo de jogador poderia não ir a tempo de dar a volta, ao dar-lhe meio set de avanço, mas hoje felizmente consegui”, refletiu após a terceira vitória da semana.
O encontro desta sexta-feira foi o sexto entre ambos e permitiu a Pedro Sousa confirmar a tendência dos últimos, ao somar a terceira vitória consecutiva (e quarta do frente a frente). Quatro são, também, as meias-finais em 2020 para o número dois português, que sempre que chegou a esta fase atingiu a seguinte: foi finalista do ATP 250 de Buenos Aires e dos Challengers de Split, na Croácia, e de Lisboa.
E o adversário que o separa de fechar a época com mais uma final é Bernabé Zapata Miralles, carrasco de Nuno Borges no início da semana e Henri Laaksonen (6-2, 3-6 e 6-4) nos quartos de final.
Sobre o espanhol, Pedro Sousa só teve elogios a dizer: “Depois da quarentena ele voltou em grande forma, fez uma final e conquistou um título. Ganhou a jogadores bons e é um jogador muito perigoso. Já o era antigamente, mas parece que agora se alinhou e diz que também perdeu peso, trabalhou muito o físico. Antes descontrolava-se algumas vezes, mas agora está mais forte nesse aspeto e vai ser muito difícil. Não tem nenhum ‘buraco’, vi-o jogar com o Nuno e o segundo set foi impressionante. O Nuno nem jogou mal, mas praticamente não ganhou pontos. Vai ser muito complicado.”
Sobre o tenista português, Zapata Miralles não espera facilidades: “O Pedro é favorito, tem melhor ranking está a fazer um ano muito bom. Vou dar o melhor de mim mesmo para vencer. Ele é muito agressivo e evoluiu muito desde aí. Espero a sua melhor versão amanhã porque joga em casa e terá vontade de vencer o torneio”.
A outra meia-final colocará frente a frente Carlos Taberner e Duje Ajdukovic. O espanhol derrotou o campeão em título, Jozef Kovalik, por 7-6(3) e 6-1, depois de salvar dois set points na primeira partida, enquanto o croata superou o italiano Andrea Arnaboldi (que na jornada anterior venceu Frederico Silva em três sets) pelos parciais de 6-3 e 6-0.
“Não tive oportunidade de ver muito do jogo dele. Vi alguns pontos na última ronda do qualifying e deve estar a jogar muito bem, porque chegar à meia-final de um Challenger não é nada fácil. Vai ser um encontro duríssimo e ainda vou ver alguns encontros dele na internet para me preparar”, confessou Taberner, enquanto Ajdukovic mostrou-se surpreendido com a campanha no Maia Open: “Não esperava chegar às meias-finais, porque estive a dois pontos de perder na última ronda do qualifying.”
A fechar a jornada de sábado será entregue o título de pares. De um lado da rede estarão os terceiros cabeças de série, Zdenek Kolar e Andrea Vavassori (venceram Julian Lenz e Daniel Masur por 2-6, 6-2 e 10-5), do outro os quartos favoritos, Lloyd Glasspool e Harri Heliovaara — responsáveis pela eliminação de Andre Begemann e Albano Olivetti, com 6-3 e 6-4.