Frederico Silva não conseguiu igualar o compatriota Pedro Sousa e caiu aos pés do italiano Andrea Arnaboldi por 2-6, 6-4 e 7-5 em 2h47 minutos de batalha, não marcando presença na fase dos oito melhores.
Foi uma entrada a todo o gás do caldense, num duelo entre canhotos: num abrir e fechar de olhos colocou-se a servir para um “pneu de bicicleta”. Não conseguiu encerrar o parcial nem no seu serviço nem na resposta, quando dispôs de de três pontos de set, mas partiu em vantagem muito graças à consistência apresentada (muito poucos erros), à profundidade de bola, sobretudo a partir da resposta, e à capacidade para redireccionar a bola e jogar para o espaço livre.
No segundo set, Frederico Silva até foi quem primeiro teve oportunidade ferir Arnaboldi, mas o italiano salvou um ponto de break no terceiro jogo num ponto bem construído e concluído com um bonito slice de esquerda. Aos poucos o português perdeu regularidade no fundo do court, muito fruto também das variações de ritmo do italiano, e consentiu a igualdade. Ainda foi capaz de salvar o set na resposta, mas o tenista de 32 anos fechou no serviço do português com um passing shot de direita.
Chegada a fase de todas as decisões, o caldense foi sempre quem esteve mais próximo da vitória mas claudicou no décimo segundo jogo. Até lá, Arnaboldi parou várias vezes o duelo, duas delas a 0-30 no seu golpe de saída, alegando indisposição. Nessas ocasiões, Frederico Silva ainda granjeou break points, dois em cada uma das situações. Sempre sereno exteriormente apesar das paragens, colocou-se no encontro novamente, quebrando Arnaboldi quando este serviu para o triunfo a 5-4, dispôs novamente de dois break points a 5-5, mas não foi capaz de alcançar os terceiros quartos de final da temporada, depois da final na semana passada em São Paulo.
No total, o actual 183 do ranking mundial terminou o duelo com 5 pontos de break aproveitados de um total de 20 (e 1 de 10 no terceiro set).
Frederico Silva despede-se, assim, do Maia Open num duelo onde sentirá que devia ter vencido. No entanto, fica na retina um bom final de época para o tenista de 25 anos, número quatro nacional, fazendo antever êxitos para o que aí vem no próximo ano.