Nuno Borges: “Dói mais perder na Maia, mas não posso ganhar os jogos todos”

Beatriz Ruivo/FPT

O último torneio da temporada foi a excepção que confirma a regra: Nuno Borges somou três títulos e três finais no circuito internacional em 2020, ultrapassou uma ronda no Challenger do CIF com a melhor vitória da carreira, mas saiu de cena na primeira ronda do Maia Open.

Frente a Zapata Miralles – um tenista da mesma idade mas já no lugar 155 do ranking ATP e um título Challenger no currículo –, o maiato equilibrou a contenda no set inaugural mas acabou por ceder por 7-5 e 6-1. “Senti que não consegui manter o nível do primeiro set e depois não tive pernas e ténis para o acompanhar”, analisou, lamentando a recta final da primeira partida, em concreto a 4-4. “Nessa altura um ou dois pontos fizeram a diferença e a história podia ter sido diferente”.

“Perder na Maia dói mais, sobretudo porque é o último torneio do ano. Gostava de ter saído daqui melhor, mas também não posso estar à espera de ganhar os jogos todos”, afirmou o sexto melhor tenista português do ranking mundial, sem antes explicar as diferenças na experiência de ambos. “Ele tem uma rodagem superior nestes torneios apesar de ter a minha idade. Já deve ter jogado mais Challengers do que eu Futures, e isso a longo prazo ajuda no encontro. Preciso de manter o nível para a próxima conseguir estar taco a taco mesmo depois de perder um set duro”.

Num ano recheado de triunfos, mesmo com uma grande paragem pelo meio, Borges só tem “coisas positivas a retirar”. “Dificilmente teria sido melhor. É impossível ganhar sempre e saio com a sensação que praticamente ganhei todos os jogos. Joguei pouco mas aproveitei bem e estou extremamente satisfeito. Nunca pensei chegar ao top400”.

Apesar do calendário ainda indefinido, o futuro passa por jogar “o máximo de Challengers possível” e “trabalhar mais o físico”. Para já, e ainda antes das merecidas férias, ainda joga na variante de pares ao lado do amigo Francisco Cabral. A dupla estreia-se amanhã em prova e a receita é simples: “aproveitar ao máximo”.

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