Tiago Cação lamenta: “Fui pouco decisivo nos momentos mais importantes”

Beatriz Ruivo/FPT

Não foi o desfecho desejado para Tiago Cação no seu último torneio da temporada: o oitavo melhor português do ranking disputou um nivelado encontro frente a Altug Celikbilek, 318.º do ranking ATP, mas acabou por perder em dois parciais na estreia no Maia Open 2020.

“Foi equilibrado. Senti-me por cima no primeiro set, sentia que estava mais vezes no controlo do ponto e mais próximo de fazer o break. Tive break points a 2-2, 3-3 e 4-4, mas fui pouco decisivo nesses momentos mais importantes, joguei curto e ele tomou conta dos pontos. No segundo consegui estar break acima, sofri contra-break e tive um 15-40 ao 2-2. Não aproveitei e aí fui um pouco abaixo em termos de energia. Ele também serviu muito bem nos pontos fulcrais. Quando eu ameaçava fazer o break, ele conseguia sempre começar bem os pontos e ficava melhor colocado no campo”, analisou o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.

O penichence chegou na noite de sexta-feira à Maia, depois de uma longa viagem de carro desde Benicarló, onde esteve a jogar um torneio ITF, e apesar do curto tempo de adaptação mostrou-se em condições de lutar pela vitória. “Ontem fiz 13 horas de viagem de carro. Saímos de Benicarló às 7h da manhã, chegámos à noite e começámos a treinar no court central por volta das 20 horas para tentar ganhar o máximo de sensações. Não acho que tenha sido um factor importante, senti-me a jogar bem e gosto de estar aqui na Maia. Foi um encontro decidido nos pequenos pormenores, mas não senti que fiz uma má adaptação”.

Com duas derrotas nas fases inaugurais das qualificações dos Challengers realizados em solo nacional, Cação sente que precisa de confiança: “Comecei bastante bem o ano com duas finais e uma semi final, mas não voltei a encontrar as melhores sensações depois da paragem. Contra este tipo de jogadores tenho de estar confiante e rotinado. Estes pequenos pormenores com mais jogos, mais confiança, podiam ter caído para mim”, analisou.

Sobre o que vem daqui em diante, o tenista de 22 anos pretende entrar no top 400, objectivo delineado para esta época mas atrapalhado pela Covid. “Quero ultrapassar esta fase dos futures o mais cedo possível e entrar em qualificações e quadros principais dos Challengers. Mas os torneios em 2021 vão continuar fortes porque existem poucos”.

O tenista do CAR ainda vai disputar ainda a variante de pares do Maia Open, mas já pensa na temporada vindoura e nos poucos dias de férias após o término do torneio. “Faz bem parar mas neste momento sinto-me bem fisicamente e preciso é de treinar e de evoluir o meu ténis. Quando juntar algumas peças – ganhar mais confiança nos meus golpes e afinar umas coisas – vou subir no ranking”.

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