Um verdadeiro conto de fadas: Iga Swiatek arrasa toda a concorrência e conquista Roland-Garros

Os contos de fadas existem e Iga Swiatek que o diga: aos 19 anos, a polaca que já prometia muito para os mais atentos mas ainda dizia pouco aos seguidores ocasionais completou uma quinzena perfeita em Paris e venceu o torneio de Roland-Garros, onde se tornou na primeira teenager a levantar o troféu desde que o seu maior ídolo, Rafael Nadal, o fez pela primeira vez em 2005.

As duas semanas de Iga Swiatek em Roland-Garros (ou Poland-Garros, como já tanto brincam os seus compatriotas) foram tão impressionantes que talvez os números lhes façam mais justiça do que quaisquer palavras:

6-1, 6-2 vs. Marketa Vondrousova (finalista em 2019) em 1h03
6-1 e 6-4 vs. Su-Wei Hsieh em 1h07
6-3 e 6-2 vs. Eugenie Bouchard em 1h14
6-1 e 6-2 vs. Simona Halep (a grande favorita ao título) em 1h08
6-3 e 6-1 vs. Martina Trevisan (uma das grandes revelações) em 1h18
6-2 e 6-1 vs. Nadia Podoroska em 1h10
6-4 e 6-1 vs. Sofia Kenin (campeã do Australian Open) em 1h24

O tempo passado no court ao longo de sete encontros? Impressionantes 8h24.

Na final deste sábado, a jovem polaca apresentou os mesmos nervos de aço com que já tinha passado pela concorrência nos dias anteriores e deu poucas hipóteses a Sofia Kenin, a jovem norte-americana que há pouco mais de um ano se tinha apresentado ao mundo com uma vitória impressionante sobre Serena Williams neste mesmo torneio e que começou 2020 a vencer o Australian Open. O resultado foi mais um triunfo folgado e tranquilo, que fez desta uma final de sentido único a partir do momento em que quebrou o serviço à adversária pela terceira vez para fechar o primeiro set.

Parca em palavras, mas visivelmente emocionada, Swiatek — uma verdadeira estrela em ascensão cujo talento e capacidade de fazer de tudo no court (quer em potência, quer na abertura de ângulos, quer no sping ou, e talvez sobretudo, na forma inteligente como constrói os pontos) já faziam antever grandes resultados no futuro, mas talvez não tão cedo — dominou, em Paris, como poucas na história do ténis conseguiram.

E não só se tornou na primeira polaca da história a vencer um torneio do Grand Slam em singulares como se tornou na jogadora mais jovem a vencer Roland-Garros desde Monica Seles, que em 1992 triunfou com 18 anos.

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