Nunca se tinha jogado até à meia-noite em Roland-Garros e quem ganhou foi uma francesa

Aos 19 anos, a francesa Clara Burel conquistou esta segunda-feira uma vitória que nunca irá esquecer: foi a primeira da carreira em quadros principais de torneios do Grand Slam e, também, a primeira de Roland-Garros a ser assinada já depois da meia-noite, numa edição que, após 129 anos de história, marca a estreia do torneio francês a ser jogado com recurso à iluminação artificial.

Recentemente renovado, o Stade Roland-Garros é agora dotado de uma cobertura amovível (no Court Philippe-Chatrier, posta em prática logo na jornada inaugural) e de iluminação artificial em vários courts, uma melhoria que permite o prolongamento das jornadas — demasiadas vezes interrompidas — para lá do período de luz natural.

Quanto ao triunfo de Burel, foi conseguido às 00h10 locais com uma reviravolta: 6-7(7), 7-6(2) e 6-3 frente à holandesa Arantxa Rus depois de 2h59 de encontro, um resultado que permitiu à ex-número um mundial de juniores responder da melhor forma possível ao wild card que lhe foi entregue pela organização.

Horas antes, escreveu-se outra página memorável de Roland-Garros, com o qualifier italiano Lorenzo Giustino a carimbar a segunda vitória mais longa da história do torneio: precisou de 6h05 para derrotar o francês Corentin Moutet, deixando-se cair, estendido, na terra batida depois da vitória mais saborosa da carreira.

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