Entre cãibras e território desconhecido, Giustino triunfa no oitavo encontro mais longo da história

Aos 29 anos, Lorenzo Giustino, que chegou a Roland-Garros com quatro derrotas nos quatro encontros disputados ao mais alto nível, só tinha passado 4h13 a competir em terra batida no circuito ATP durante toda a carreira, mas o que fez esta segunda-feira reservou-lhe automaticamente um lugar na história: o italiano venceu Corentin Moutet em 6h05, naquele que se tornou o segundo encontro mais longo do torneio francês e o oitavo mais longo de toda a história do ténis.

Numa batalha dividida entre dois dias (no domingo foi suspensa devido à chuva quando ainda estavam no terceiro set), o italiano venceu por 0-6, 7-6(7), 7-6(3), 2-6 e 18-16 depois de quase ceder às cãibras que o atormentaram enquanto navegava em território desconhecido.

É que o triunfo desta segunda-feira foi o primeiro de Giustino em quadros principais de torneios do Grand Slam, ele que em Roland-Garros já tinha quebrado um enguiço (ao passar pela primeira vez em 17 tentativas o qualifying de um evento desta dimensão).

Concluído depois de 6h05, a batalha entre Giustino e Moutet só ficou aquém das 6h33 de que Fabrice Santoro precisou para se desenvencilhar do compatriota Arnaud Clément, naquele que continua a ser o encontro mais longo da história de Roland-Garros.

Quanto ao encontro mais longo de sempre, continua a ser o que em Wimbledon 2010 colocou frente a frente John Isner e Nicolas Mahut e que só se concluiu depois de 11h05 (divididas por três dias), com os parciais de 6-4, 3-6, 6-7(7), 7-6(3) e 70-68 a favor do norte-americano.

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