A recuperação eletrizante de Coric e a política ao barulho numa noite “de loucos” em Nova Iorque

Emoção, drama e no final uma grande recuperação. A jornada deste sábado foi sinónima de emoções fortes em Flushing Meadows e tudo começou… Com política à mistura: Adrian Mannarino, um dos jogadores que estiveram em contacto com o desqualificado Benoit Paire, foi impedido pelas autoridades de saúde norte-americanas de ir a jogo por estar “em quarentena”, mas acabou a receber autorização do próprio governador, Andrew Cuomo, e não esteve longe de surpreender.

Depois de quase três horas de atraso, o francês recebeu finalmente autorização para entrar no Louis Armstrong Stadium e o arranque do encontro não lhe poderia ter corrido melhor: foi rápido a estabelecer a tónica e venceu mesmo o primeiro set frente a Alexander Zverev, antes do germânico conseguir “entrar nos eixos” e iniciar a recuperação.

Numa jornada marcada por várias batalhas, o número um mundial Novak Djokovic voltou a passar pouco tempo em campo para selar mais uma vitória — a 26.ª da época —, ao aplicar os parciais de 6-3, 6-3 e 6-1 a Jan-Lennard Struff, cujo jogo potente e entusiasmante fazia antever uma partida mais equilibrada.

Mas as promessas não passaram disso mesmo, promessas, e a emoção ficou reservada a outros. Alejandro Davidovich Fokina, que se apresentou ao mundo ao chegar às meias-finais do Millennium Estoril Open, em 2019, deu muito espetáculo e superou Cameron Norrie, por 7-6(2), 4-6, 6-2 e 6-1, para inscrever pela primeira vez o nome na quarta ronda de um Major.

Tal como ele, também Corentin Moutet — que para além do ténis tem talento… Para o rap — venceu em quatro partidas, mas para selar a passagem à terceira ronda: venceu Daniel Evans por 4-6, 6-3, 7-6(5) e 7-6(1) num encontro que tinha ficado pendente da jornada anterior, quando a chuva caiu.

Mas o melhor estava mesmo reservado para o fim: depois de Denis Shapovalov se desenvencilhar de uma difícil batalha com o já pai Taylor Fritz (3-6, 6-3, 4-6, 7-6[5] e 6-2 foram os parciais da difícil vitória), Borna Coric e Stefanos Tsitsipas guardaram o melhor para o fim.

No encontro mais aguardado do dia, o grego esteve muito próximo de carimbar a passagem aos oitavos de final, mas nem a vantagem de 5-1 na quarta partida, nem os seis (!) match points de que dispôs entre o 5-3 e o 5-4 foram suficientes e o croata, uma vez superada a primeira tempestade, agarrou-se com unhas e dentes à ocasião para trocar as voltas ao adversário — e aos que, em Portugal, assistiram noite dentro a este choque entre estrelas da nova geração. Se dúvidas houvesse, o futuro está mesmo assegurado.

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