Osaka sobrevive a avalanche de break points e é a primeira finalista em “Cincinnati”

Dois dias depois de ter replicado no ténis o boicote iniciado na liga profissional de basquetebol norte-americana, Naomi Osaka regressou aos courts de Flushing Meadows com uma t-shirt do movimento Black Lives Matter e a forma que já tinha apresentado nos primeiros  dias da semana. O resultado foi, sem surpresas, o apuramento para a final de sábado no Western & Southern Open, que este ano se joga, excecionalmente, em Nova Iorque.

Aos 22 anos, a japonesa que continua a ser uma das jogadoras mais tímidas do circuito já se transformou na desportista feminina mais bem paga do mundo e tem utilizado cada vez mais o sucesso alcançado dentro dos courts para defender causas e movimentos sociais, tendo inclusive abdicado deste encontro, frente a Elise Mertens, para se associar aos protagonistas da NBA num protesto mediático contra as injustiças sociais e violência policial.

Mas a reação rápida da USTA, ATP e WTA — que se decidiram pelo adiamento de toda a jornada de quinta para sexta-feira — fê-la reconsiderar. “Ofereceram-se para adiar todos os encontros até sexta-feira e na minha cabeça isso traz mais atenção ao movimento. Agradeço-lhes pelo apoio.”

Nas meias-finais, Naomi Osaka superou a belga Elise Mertens (22.ª) com os parciais de 6-2 e 7-6(5), num encontro pautado pelo equilíbrio e sobretudo muito disputado nos jogos de serviço da nipónica, que enfrentou nada mais, nada menos do que 21 (!) pontos de break — dos quais salvou 18.

Já com quatro vitórias na “bolha” que foi criada no complexo de Flushing Meadows, onde dentro de um par de dias arranca a edição mais peculiar de que há memória de um torneio do Grand Slam, a antiga número um mundial vai disputar a oitava final da carreira no circuito internacional. O saldo é claramente positivo: foi vice-campeã em Tóquio em 2016 e 2018 e campeã no US Open e Indian Wells em 2018 e no Australian Open, Osaka e Pequim em 2019.

A separá-la do primeiro título do ano, Osaka terá ou Johanna Konta, ou outra jogadora que, tal como ela, também passou pelo topo da hierarquia e tem dois “Majors” no currículo: Victoria Azarenka.

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