Seis meses depois de ter disputado o último torneio internacional, Fiona Ferro (53.ª da hierarquia mundial) regressou à competição da melhor forma possível: aos 23 anos, a francesa sagrou-se campeã da 31.ª e a mais peculiar de todas as edições do Palermo Ladies Open, que marcou o regresso do circuito WTA depois da longa interrupção causada pela pandemia do coronavírus.
Numa semana que começou com um grande susto, mas que se desenrolou sem novos desenvolvimentos relacionados com a covid-19, Ferro derrotou a estónia Anett Kontaveit (22.ª do ranking e quarta cabeça de série) em dois sets autoritários, por 6-2 e 7-5, para se tornar na primeira vencedora do pós-confinamento — e em plena pandemia.
A caminhada até à final fez-se de vitórias sobre Nadia Podoroska (a única qualifier que não conseguiu aproveitar o embalo ganho nas rondas anteriores), Ekaterina Alexandrova e duas jogadoras da casa: primeiro Sara Errani, nos quartos de final, e depois Camila Giorgi, num encontro emocionante que terminou com a reviravolta da jogadora gaulesa.
De Palermo, onde foi admitida a presença de 350 espetadores por dia, o circuito mundial feminino segue para Praga (também em terra batida ao ar livre) e Lexington (piso rápido outdoor). O circuito masculino só começa na semana seguinte, no centro de ténis de Flushing Meadows, onde a federação norte-americana de ténis está a preparar uma “bolha de segurança” para organizar, de forma consecutiva, o Western & Southern Open — habitualmente em Cincinnati, no Ohio — e o US Open.
Nos EUA não haverá público e até a presença de juízes de linha será limitada: no US Open, só os dois courts principais contarão com a presença de juízes de linha, enquanto nos restantes campos será utilizado um sistema eletrónico. Também no capítulo dos apanha-bolas há alterações: as crianças serão substituídas por adultos e o manuseamento das toalhas está limitado aos jogadores, uma medida que, aliás, já entrou em efeito em Palermo.
