Francisca Jorge, tetracampeã nacional: “É sempre um título marcante”

Beatriz Ruivo/FPT

PORTO — Francisca Jorge é, pelo quarto ano consecutivo, campeã nacional absoluta de singulares e a alegria que sentiu depois de confirmar a vitória sobre Inês Murta no Complexo Desportivo do Monte Aventino foi evidente, transparecendo-se, também, nas primeiras palavras após adicionar mais um título ao palmarés pessoal.

“Foi um encontro de muita tensão. Sabia para o que é que vinha, mas não consegui controlar a ansiedade de se tratar de uma final do Campeonato Nacional, que é sempre um título mais marcante. No primeiro set tive um bocadinho de receio de jogar e ela foi superior, por isso teve o mérito de o vencer, mas eu não estava a jogar o meu melhor e não estava a entregar-me de forma a lutar contra ela”, começou por analisar a nova tetracampeã do ténis nacional.

Sobre a “luta de emoções” que acabou por lhe ser favorável, Francisca Jorge explicou que a forma como conseguiu controlar o que sentiu foi fundamental: “Caíram-me umas lágrimas, mas faz parte. É a minha maneira de reagir. Tenho vindo a melhorar e acho que isso não afeta a minha forma de jogar, mas consegui controlar as emoções de forma a lutar pelo jogo e tentar fazer o meu jogo para lhe causar algumas dificuldades.”

“Este título meteu-me mais pressão no sentido de querer ganhar o encontro e acho que tive mérito nessa parte. Não joguei perfeito, numa final é difícil, mas tendo em conta as condições acho que estive bem”, acrescentou a jogadora natural de Guimarães.

Ainda com 20 anos, Francisca Jorge é uma das mais jovens tetracampeãs da história do ténis nacional, mas não se foca demasiado nesses registos: “A idade é só um número. Não posso dizer que me sinto realizada, porque ainda tenho muito caminho a percorrer, mas sim, é uma conquista importante. Estas finais dão outra motivação, outro querer em termos de continuar a treinar, a evoluir e a jogar. Com 20 anos ainda sou uma criança e às vezes mostro isso no campo, mas tenho de valorizar o trabalho que tenho vindo a fazer. Sinto-me contente por isso. Ter o nome na história do ténis nacional é sempre bom, mas isso não muda em nada a minha personalidade.”

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