Com um duplo papel no mundo do ténis, Feliciano López considera que a Federação Francesa de Ténis se precipitou muito ao anunciar o adiamento do torneio de Roland Garros e não consegue ser otimista em relação ao esperado regresso dos circuitos mundiais em junho.
Diretor do Mutua Madrid Open — um dos torneios que teve de ser cancelado — e ainda jogador, o espanhol disse ao El País que não estava à espera da decisão dos vizinhos gauleses. “A mim surpreendeu-me muito, tal como a todo o mundo. Creio que foi uma decisão muito precipitada, sobretudo pela forma como foi anunciada, sem consultarem o resto dos organismos.”
“Não sabemos se será viável jogar-se o torneio em setembro, depende da restruturação [do calendário]… Podes programá-lo para essa data mas há muitas variáveis, interesses e torneios em jogo. Mas também entendo o desespero, porque era a única hipótese possível para Roland Garros se realizar em termos meteorológicos visto que só têm um estádio coberto.”
O número 56 do mundo acredita que nesta altura “temos de estar todos de acordo e remar na mesma direção para quando for possível se voltar a jogar, independentemente da altura em que isso aconteça. Oxalá haja margem para se jogarem dois torneios do Grand Slam, mas a realidade atual é o que é.”
Pouco otimista atendendo à situação que a Europa atravessa, Feliciano López não acredita que o ténis mundial regresse a 7 de junho. “Fixaram essa data de regresso mas de certeza que será estendida porque não acredito que nessa altura já possamos jogar em Inglaterra, a não ser que o cenário melhore muito. Se não pudermos então já estamos a falar de regressar só em agosto e não se pode comprimir o calendário todo nos últimos cinco meses. Temos de ir dia a dia mas sinceramente não tenho muitas esperanças. Quero ser otimista mas não é fácil.”