Ter esperança. Neste momento, é tudo o que está ao alcance do Millennium Estoril Open, que se mantém como um dos dois primeiros torneios a ditarem o recomeço do circuito mundial masculino caso a pandemia de Covid-19 que nas últimas semanas chegou à Europa seja ultrapassada a tempo.
A realização do maior torneio de ténis organizado em Portugal continua de pé e João Zilhão, o diretor do evento, assegurou ao jornal Record que mantém o apoio dos parceiros principais (com destaque para o Millennium bcp e a Câmara Municipal de Cascais) e que estará pronto a realizá-lo caso seja possível e seguro para todos os envolvidos — dos fãs ao staff, parceiros e, claro, jogadores e respetivas equipas.
Mas a decisão dependerá das autoridades portuguesas e dos responsáveis da ATP, como explicou. “Nenhum torneio pode avançar para o seu cancelamento sem o aval do ATP Tour. A organização é neste momento liderada por dois italianos, que até por isso estão mais sensíveis para esta questão do coronavírus.”
Na quinta-feira, a organização do torneio destacou nas redes sociais que por se tratar de “uma situação extremamente volátil e de evolução rápida, a principal prioridade do Millennium Estoril Open é a defesa da saúde e segurança de todos os envolvidos no nosso evento”, garantindo estar “em comunicação constante com a ATP e as entidades governamentais e de saúde pública para aferir a viabilidade no final de abril.”
A confirmar-se a realização da quinta edição do Millennium Estoril Open ainda em 2020 (está previsto para a semana de 25 de abril a 3 de maio), o torneio irá certamente contar com o melhor cartaz de sempre, uma vez que até lá o circuito está suspenso e serão muitos os jogadores à procura de uma oportunidade extra de recuperarem o ritmo competitivo e lutarem por pontos.
Na segunda-feira, a ATP congelou o fecho da lista de inscritos quer para o torneio português, quer para o ATP 250 de Munique — o outro evento previsto para a mesma semana, que planeavam dar a conhecer grande parte dos respetivos elencos esta terça-feira.