WTA hesitou, hesitou e hesitou até avançar com um cancelamento ligeiro

Foram precisas várias horas para a WTA se juntar à ATP e à ITF na reação à propagação da pandemia Covid-19, só que ao contrário das suas congéneres a entidade responsável pelo nível máximo do circuito feminino não anunciou uma suspensão total — pelo menos não para já.

Depois de muito hesitarem, os responsáveis decidiram-se por um comunicado que deu conta do já conhecido cancelamento do Miami Open mas também do prestigiado torneio de Charleston — um dos mais tradicionais do calendário, que se destaca por ser disputado em terra batida verde e tinha início marcado para 6 de abril.

E o resto ficou para a semana: “Em conjunto com as nossas jogadoras e diretores de torneios tomaremos na próxima semana uma decisão sobre a época de terra batida europeia.”

Não houve, portanto, uma suspensão total de cinco (caso da ITF) ou seis (ATP) semanas  — e o mais bizarro foi que o primeiro comunicado deixou de fora duas provas previstas para a mesma semana do torneio de Charleston.

Foi preciso um segundo momento de comunicação para a WTA anunciar que os eventos de Bogotá (WTA International) e Guadalajara (WTA 125) também foram cancelados devido às medidas de prevenção em função do surto de coronavírus.

Ao The New York Times, Steve Simon, o responsável pelo circuito feminino, explicou que “alguns eventos enfrentarão dificuldades financeiras significativas se não decorrerem conforme planeado e essa foi parte da razão pela qual não nos apressámos a cancelar metade do calendário.”

“Queremos ver estes torneios a acontecer se for possível, queremos ver as jogadoras a jogar e a ganharem os seus pontos e dinheiro”, concluiu, numa pequena entrevista em que também reconheceu estar preocupado com o destino de Roland Garros.

“Não podemos negar que há perigo mas é bom saber que estamos a praticamente 60 dias, o que é imenso tempo. Tenho esperança de que nesse espaço de tempo estejamos numa posição em que as coisas tenham regressado ao normal e o torneio possa acontecer. Mas acho que vai ser muito apressado e reconheço que eles tenham de estar muito nervosos.”

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