Francisca Jorge também deixa escapar a melhor vitória da carreira e Portugal perde com o Egito

André Ferreira/Federação Portuguesa de Ténis

A seleção nacional feminina esteve perto — muito perto — de somar duas vitórias memoráveis mas tanto Maria Inês Fonte como Francisca Jorge deixaram fugir vantagens preciosas e no final do dia foi o Egito que celebrou a vitória contra Portugal no primeiro de quatro dias do Grupo II da Zona Europa/África da Fed Cup, em Helsínquia.

Depois do brilharete inicial da compatriota, que liderou por um set e um break frente a uma jogadora bem mais cotada e experiente, a tricampeã nacional estava obrigada a vencer para manter a equipa das quinas na luta pela vitória na jornada inaugural. E apesar de também ter como adversária uma super-favorita — Maiar Sherif Ahmed Abdelaziz (188.ª do ranking) — a verdade é que Francisca Jorge não só discutiu a vitória como ficou a apenas um ponto de a concretizar.

A tenista vimaranense de 19 anos sobreviveu a um primeiro set extremamente equilibrado e catapultou-se para uma promissora vantagem de 4-1 no parcial seguinte, mas a partir desse momento deixou de conseguir causar dificuldades a Abdelaziz e, tal como Fonte, não voltou a “pontuar” para permitir o restabelecimento da igualdade.

Mas nem a grande vantage desperdiçada abalou Jorge, que se conseguiu manter em jogo e com atrevimento (teve um break point ao quinto jogo e outros dois ao sétimo) e paciência (pelo meio também teve de salvar dois) conseguiu forçar o tie-break no parcial decisivo, chegando mesmo ao match point. Mas a vantagem de 6-5 no “tira-teimas” não foi suficiente e a melhor tenista portuguesa da atualidade acabou por consentir mais uma reviravolta, esta fatal: 6-7(5), 6-4 e 7-6(6) foram os parciais que deram a vitória à número um egípcia ao fim de 2h44.

Com duas derrotas em dois singulares, Portugal já não tem hipóteses de derrotar o Egito e começar a participação na Fed Cup da melhor forma. No entanto, poderá terminar o dia com uma vitória no encontro de pares, que apesar de não ter implicações no desfecho da primeira de três jornadas do Grupo B pode ser decisivo nas contas finais.

Inicialmente, a capitã Neuza Silva escalou Francisca Jorge e Inês Murta para o derradeiro duelo do dia. Mas tanto a líder da equipa portuguesa quanto Dia Nabil — a responsável pelo conjunto adversário, que chamou Rana Sherif Ahmed e Abdelaziz — poderão proceder a alterações.

Última atualização às 18h50.

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