Com um grito de guerreira.
Aos 31 anos, Carla Suárez Navarro prepara-se para colocar um ponto final na carreira e esta quarta-feira deu o primeiro passo da forma mais elegante possível, ao alinhar uma das suas melhores vitórias em torneios do Grand Slam para continuar viva naquele que é o último Australian Open que planeia disputar.
Conhecida pelo espírito de lutadora e detentora de uma cada vez mais rara esquerda a uma mão, a espanhola derrotou a 11.ª cabeça de série, Aryna Sabalenka, por 7-6(6) e 7-6(6) num início de jornada marcado por condições muito ventosas.
A bielorrussa foi a cabeça de série melhor classificada a cair na primeira ronda do torneio, que devido à chuva da primeira jornada e à enorme demanda da segunda só se concluiu nas primeiras horas do “turno” desta quarta-feira.
Livre de pressão, a ex-número 6 mundial e campeã do último Portugal Open, em 2014 (quando se estreou a vencer no circuito WTA depois de cinco finais perdidas, incluindo duas em solo luso), começou por sobreviver a um primeiro set de loucos — marcado por quatro quebras de serviço para cada lado — e aproveitou o embalo para recuperar da desvantagem de um break no segundo, salvar um set point no tie-break e ao fim de 2h13 carimbar a vitória no último “primeiro encontro” na Austrália.
E para quem partiu para a última volta ao mundo com o “desejo claro de ficar orgulhosa deste último esforço”, a aventura de Carla Suárez Navarro não poderia estar a começar melhor.
Segue-se Iga Swiatek, a polaca de 18 anos que é a número 56 do mundo e não jogava desde o US Open por causa de uma lesão no pé e que superou Timea Babos com 6-3 e 6-2.
