Pospisil e Shapovalov voltam a brilhar e colocam o Canadá nas meias-finais da Taça Davis

Kosmos Tennis

Canadá, Canadá, Canadá.

A seleção da América do Norte está a brilhar nas Davis Cup Finals e depois de se ter tornado na primeira a passar a fase de grupos tornou-se, esta quinta-feira, na primeira a chegar às meias-finais da edição inaugural da prova que se joga em Madrid.

Tal como nas duas jornadas anteriores, os canadianos apoiaram-se em duas figuras: Vasek Pospisil e Denis Shapovalov, que foram a chave para o sucesso frente à Austrália numa eliminatória decidida apenas no encontro de pares (2-1).

A viver um excelente final de temporada, Vasek Pospisil (que é o atual número 150 do mundo) voltou a brilhar e deu o primeiro ponto ao Canadá num encontro em que a Austrália surpreendeu: Nick Kyrgios, que tinha jogado e vencido nos dois primeiros dias, ressentiu-se da lesão na clavícula que já o tinha perturbado na Laver Cup e deu lugar a John Millman, que não conseguiu contornar os esforços do canadiano e perdeu por 7-6(7) e 6-4.

Com a margem de erro eliminada, os australianos apoiaram-se no seu melhor jogador para iniciar a reviravolta mas a tarefa chegou a parecer quase impossível: no primeiro encontro desde a final de júniores de Wimbledon, há dois anos, Alex de Minaur (18.º ATP) perdeu o primeiro set para Denis Shapovalov (15.º), mas depois o canadiano tirou o pé do acelerador e, sobretudo, da concentração e acabou por dar espaço ao australiano para lutar e conseguir chegar à reviravolta, que assinou com os parciais de 3-6, 6-3 e 7-5 ao fim de 1h58.

No par decisivo, os protagonistas voltaram a ser Pospisil e Shapovalov, que com uma exibição praticamente perfeita deixaram Jordan Thompson e John Peers pelo caminho (6-4 e 6-4) e deram o histórico apuramento para as meias-finais ao seu país.

O encontro entre o Canadá e a Austrália foi o primeiro dos quartos de finais a ser jogado e aconteceu apenas uma hora antes do último lugar na fase a eliminar ter sido preenchido, o que constituiu um dos maiores motivos de crítica em relação à programação do evento — que não permitiu a quem o acompanha “respirar” e interiorizar os resultados da primeira fase antes do arranque da segunda, que se completa esta sexta-feira com um encontro (Sérvia-Rússia) a partir das 10h30 locais (menos uma em Portugal Continental) e dois (Espanha-Argentina e Grã-Bretanha Alemanha) nunca antes das 17h30.

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