MADRID — Principais figuras de cartaz da primeira edição das Davis Cup Finals que se joga esta semana em Madrid, Rafael Nadal e Novak Djokovic concordam em relação ao futuro das competições por equipas: não é viável ter mais do que uma, pelo a solução ideal é unir a prova da Federação Internacional de Ténis (ITF) com a ATP Cup, que acontecerá pela primeira vez dentro de… Seis semanas.
“Honestamente não vejo outra solução — não vejo dois Campeonatos do Mundo a acontecerem no espaço de um mês. Não posso falar pela ATP, não posso falar pelos outros jogadores, mas acho que temos finalmente a oportunidade de ter uma grande competição e é importante que a ATP e a ITF unam esforços”, referiu o atual número 1 do mundo no dia em que a Espanha reservou um lugar nos quartos de final em Madrid.
“Não há outra forma que não ter apenas uma grande, grande competição. ATP, ITF, Kosmos, Taça Davis, Campeonato do Mundo… Acho que Taça Davis é o nome certo porque faz parte da história do nosso desporto. E seria ótimo se conseguíssemos chegar a uma solução”, acrescentou o tenista espanhol de 33 anos, que na véspera tinha criticado os horários das Davis Cup Finals ao mesmo tempo que pediu paciência antes de se debruçar com mais detalhe sobre este formato.
Antes do espanhol, já Novak Djokovic tinha sido questionado sobre o assunto. E o sérvio — que entrou com uma vitória clara no torneio — teve um discurso semelhante ao do arquirrival, ainda que tenha entrado em mais detalhes.
“Quando se fazem mudanças está-se sempre a correr um risco e neste torneio há muito dinheiro e muitas pessoas envolvidas que estão a dedicar muito tempo e esforços a isto. Tenho a certeza de que estão a fazer o seu melhor e têm uma grande responsabilidade, porque esta era a competição por equipas mais histórica do nosso desporto, com mais de 100 anos”, apontou o número 2 do ranking.
“E depois há os problemas do calendário. Na minha opinião, o que poderia acontecer é uma fusão da ATP Cup e da Taça Davis. Mas a ATP e a ITF são duas organizações diferentes e por isso esta é uma questão muito complexa, em que não é fácil fazer mudanças. Mas ao fazê-lo está-se a dar um primeiro passo. É claro que se podem apontar os aspetos negativos mas também há coisas positivas.”
Para Djokovic, “pensando a longo prazo não acredito que dois eventos por equipas possam coexistir separados por seis semanas. O calendário está demasiado congestionado. E penso que a altura ideal para esta super taça ou como lhe queiramos chamar acontecer é depois do US Open, provavelmente no final de setembro. É a minha opinião, mas há tantas pessoas e entidades envolvidas que não é fácil dizer ‘vamos escolher uma data’ e fazer isso acontecer.”