MADRID — Se o encontro da Espanha nos quartos de final das Davis Cup Finals já prometia aquecer a capital espanhola, a ocasião acaba de ganhar uma outra razão para atingir contornos épicos: a equipa da casa vai defrontar a Argentina, que num dia em que já nem jogou acabou por ser chamada de volta.
Numa jornada marcada por vários cenários hipotéticos e muitas contas — quase todas demasiado confusas para aqueles que pelo mundo fora queriam aproveitar mais um dia de ténis e ficar facilmente a par da situação —, os argentinos beneficiaram de uma enorme conjugação de fatores para terminarem, a par da Rússia, como um dos dois melhores países a terminar a fase de grupos no segundo lugar.
E desta forma marcam encontro com a Espanha (uma das duas seleções que, pelo sorteio, aguardava por um desses países), uma vez que os regulamentos das Davis Cup Finals impedem que as equipas repescadas voltem a defrontar logo nos quartos de final um país com quem partilharam a fase de grupos — e assim a Rússia vai ter pela frente a Sérvia.
Com mais de 250.000 cidadãos nascidos em solo argentino a residirem atualmente em Espanha (os números são de janeiro de 2018) é provável que a eliminatória, marcada para as 18h locais de sexta-feira no Centre Court da Caja Mágica, ganhe contornos ainda mais épicos.
Mas nem tudo são boas notícias: esta quinta-feira, Roberto Bautista Agut teve de deixar a comitiva espanhola para viajar de emergência para junto do pai, cujo estado de saúde piorou. Assim, é esperado que Pablo Carreño-Busta assuma o papel de número dois da equipa, mas os anfitriões também podem surpreender e chamar, por exemplo, Feliciano López. Certo certo é, claro, que o número 1 é Rafael Nadal.
Por decidir fica apenas uma vaga: Grã-Bretanha e Cazaquistão dividiram pontos nos singulares e vão precisar do duelo de pares para decidir qual dos países segue em frente e marca encontro com a Alemanha.
Alinhamento dos quartos de final:
— Sérvia vs. Rússia
— Austrália vs. Canadá
— Grã-Bretanha OU Cazaquistão vs. Alemanha
— Argentina vs. Espanha