MADRID — Um ano depois de ter perdido a última final da Taça Davis no formato tradicional em casa, a França regressou à ação e teve de sofrer muito para vencer o Japão na estreia nas Davis Cup Finals. Um dos dois protagonistas do triunfo decisivo foi Pierre-Hugues Herbert, que no rescaldo comparou os ambientes bem distintos que viveu.
“Mal-estar? Não sei, é sempre difícil sentires-te desconfortável quando vestes a camisola da França. Mesmo sendo extremamente diferente do que vivemos no ano passado, sobretudo porque a última vez que jogámos nesta competição foi uma final em casa com mais de 20.000 pessoas em Lille”, começou por responder o especialista de pares (que forma parceria com Nicolas Mahut) quando questionado sobre o que sentiu no momento de entrar em ação.
“Foi sem dúvida um momento especial… Foi a primeira vez que me ouvi a cantar a Marselhesa”, admitiu, uma referência ao fraquíssimo apoio que a França — tradicionalmente um dos países com maior quantidade de fãs a apoiar a equipa onde quer que esta jogasse.
“De certa forma já o esperávamos. Quando se toma a decisão de alterar as regras isso pode acontecer. Uma mudança é sempre difícil e a partir desse momento não nos cabe a nós julgar, não hoje. Somos apenas jogadores, o nosso papel é entrar no campo e dar tudo o que temos, tentar dar espetáculo e conquistar um ponto para a França”, continuou o recém campeão do Masters 1000 de Paris e do ATP Finals.
Pierre-Hugues Herbert não escondeu que “a entrada em court foi bastante triste, sobretudo em comparação com a final de 2018 em casa. Não havia muitos franceses e quando estás a jogar um encontro da Taça Davis eles têm muito impacto. Nós somos dois em campo, com o público tornamo-nos três e hoje isso faltou-nos mas concentrámo-nos em substituí-los pela nossa equipa, pelo capitão, por todos os que estavam lá. Pensámos neles com o desejo de vencer pela França.”