MADRID — Quase três horas. Foi esse o tempo de que Andy Murray precisou para dar a volta a Tallon Griekspoor e conquistar o primeiro ponto para a Grã-Bretanha no confronto com a Holanda. E parte das dificuldades que o ex-número 1 mundial sentiu podem ser explicadas pelo que pouco depois revelou…
No dia anterior, a Holanda chamou Botic Van de Zandschulp — em vez de Tallon Griekspoor — para ir a jogo na eliminatória com o Cazaquistão e foi esse o jogador para que a equipa britânica mais se preparou.
“Foi definitivamente culpa nossa. Não é que não tenhamos olhado para os encontros dele, foi mais em termos de o ver jogar. É claro que podemos sempre olhar para as estatísticas mas observar a técnica de um jogador e a forma como se prepara para as pancadas ajuda-te a ter as ideias mais claras”, contou Murray.
“Com o encontro a começar cedo e ao sabermos apenas às 10h não nos sobrou muito tempo de manhã para olhar para as coisas. Essa é uma das coisas diferentes em relação ao circuito [o facto de só uma hora antes terem a confirmação de quem vão defronta] e é um aspeto que vamos corrigir à medida que o torneio evolui”, acrescentou o ex-número 1 mundial, que esteve a perder por 4-1 no tie-break do terceiro set.
Na mesma conferência de imprensa, Andy Murray também fez referência ao excesso de peso e às alterações à forma como trabalha fora do court como razões importantes para não se sentir tão bem quanto em Antuérpia, onde conquistou o primeiro título desde o regresso (apenas dias antes de ser pai pela terceira vez).
“Quando tinha 25 anos umas semanas bastavam para me reencontrar fisicamente, agora isso demora mais. Quando volto ao court depois de duas semanas preciso de ter um pouco mais de cuidado. E também fiz mudanças muito significativas na forma como trabalho fora do court, que contribuem para o tempo de que preciso para me habituar. Isso e os 4 ou 5 quilos que ganhei, se formos ao ginásio e pegarmos numa bola medicinal de 5 quilos vemos que é pesada, tudo isso tem influência e é naturalmente culpa minha, não de mais ninguém.”