MADRID — Quando a Taça Davis foi abruptamente transformada, as madrugadas de ténis estavam longe, bem longe de ser um dos objetivos dos responsáveis, mas depressa se tornaram uma realidade e esta terça-feira (ou quarta…) Espanha e Rússia só regressaram ao hotel quando os ponteiros do relógio assinalavam 1h49 da madrugada (menos uma hora em Portugal Continental).
No final houve remontada e fiesta dos anfitriões, que com muito sofrimento deram a volta a uma Rússia bem rebelde para se estrearem com o pé direito e adoçarem as contas do Grupo B das Davis Cup Finals.
Depois de dividirem pontos nos encontros de singulares (Andrey Rublev venceu o primeiro, Rafael Nadal o segundo) os dois países tiveram de apostar num encontro de pares que só começou às 00h20 — uma situação que apesar de não ser nova para a cidade de Madrid (não raras vezes se desenrolaram encontros até estas horas durante os primeiros dias do Mutua Madrid Open) é muito menos habitual na Taça Davis.
E aí a vitória sorriu aos espanhóis: Marcel Granollers e Feliciano López foram mais fortes e derrotaram Andrey Rublev e Karen Khachanov (dois dos intervenientes nos duelos de singulares e recém finalistas de pares do Masters 1000 de Paris) por 6-4 e 7-6 (5).
Ao contrário do que aconteceu nas seis primeiras horas da sessão, o Estádio Manolo Santana nunca esteve totalmente cheio. Mas o encontro começou com as bancadas muito bem compostas e nunca se verificaram quedas abrutas na afluência, mesmo se quarta-feira é dia de trabalho para a maioria. Afinal, é de Espanha que estamos a falar.
Em caso de vitória, a Rússia tinha garantido automaticamente a passagem aos quartos de final com duas vitórias em dois confrontos. Assim, deixa o destino nas mãos da Espanha — que agarra o lugar caso derrote a Croácia na quarta-feira — e agarra-se aos cálculos para ver se ainda tem hipóteses de passar como uma das duas melhores equipas em segundo lugar.
Quarta-feira há mais, logo a partir das 11h locais.
