Nadal prolonga domínio histórico e empurra decisão para o par (e a madrugada)

Kosmos Tennis

MADRID — Caja Mágica, casa cheia, estreia para a Espanha frente a uma Rússia motivada. A sessão noturna desta terça-feira prometia e os dois encontros de singulares não desiludiram: os países dividiram pontos e assim o confronto de estreia dos anfitriões vai ter emoção até ao fim — que é como quem diz, até altas horas da madrugada.

Depois de Andrey Rublev congelar os corações da casa ao alinhar uma exibição estratosférica para derrotar Roberto Bautista Agut por 3-6, 6-3 e 7-6(0), o número 1 do mundo e grande estrela da casa Rafael Nadal levou o esgotado Estádio Manolo Santana — que para este torneio foi apelidado de Centre Court — à loucura ao derrotar Karen Khachanov 6-3 e 7-6(7).

O encontro não chegou aos níveis de qualidade do anterior, que de parte a parte foi extremamente bem disputado (e marcado por pancadas de grande risco) do primeiro ao último ponto, mas não lhe faltou emoção.

Nadal estava obrigado a vencer para manter o país na luta pelo confronto e ao mesmo tempo evitar a qualificação automática da Rússia como primeira classificada do grupo, o que significaria um enorme baralhar de contas para a Espanha — que a partir daí estaria forçada a terminar como uma das duas melhores segundas classificadas para ainda poder seguir em frente.

Mais do que habituado a entrar em campo com um enorme sentido de responsabilidade, o maiorquino de 33 anos fez da obrigatoriedade uma força. E ganhou o primeiro set de forma tranquila, sem dar hipóteses a um igualmente motivado Karen Khachanov (que na véspera tinha ganho um bom encontro frente a Borna Coric) de discutir o resultado.

O segundo parcial foi muito mais equilibrado e aumentou a tensão entre os 12.500 espetadores que encheram o court mas também teve o mesmo destino: depois de 12 jogos ganhos pelos servidores (em que só houve dois break points, um para cada tenista e em jogos consecutivos), Rafael Nadal fechou a questão no tie-break quando o relógio do court assinalava 2h07 de encontro.

Foi o 25.º triunfo consecutivo em encontros de singulares na Taça Davis para o tenista espanhol, que não perde desde a estreia (em 2004, frente a Jiri Novak).

E por falar em relógio, o segundo encontro de singulares de um confronto que arrancou às 18 horas locais (17h em Portugal Continental) terminou já perto da meia-noite, o que significa que os vencedores deste embate só vão ser conhecidos em plena madrugada — até ao lançamento da moeda ser feito ainda há que dar uma obrigatória hora de descanso aos russos, que salvo acontecimentos de força maior vão apostar em Andrey Rublev e este mesmo Karen Khachanov (finalistas do Masters 1000 de Paris) para o frente-a-frente com Marcel Granollers e Feliciano López.

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