De estreante a campeã: Barty conquista o WTA Finals e o maior “cheque” da história

Um dia depois de receber o troféu de número 1 do mundo no final da época, Ashleigh Barty tem mais uma taça para adicionar ao palmarés: a de campeã do WTA Finals, torneio em que nunca tinha participado e do qual sai com o segundo título mais importante do ano e da carreira.

Depois de uma fase de grupos relativamente atribulada, que a viu perder com a alternate Kiki Bertens depois de ganhar a Belinda Bencic e assim precisar de mais uma vitória (frente a Petra Kvitova) para seguir em frente, a tenista australiana encontrou o seu melhor ténis na fase a eliminar.

Na final deste domingo — o último encontro de ténis arbitrado pela portuguesa Mariana Alves (que em 2020 passará a ser supervisora a tempo inteiro) —, Ashleigh Barty superou a campeã em título Elina Svitolina com uma exibição autoritária, apoiada num ténis ofensivo (com a combinação entre serviço e direita como peça fundamental) e selada com os parciais de 6-4 e 6-3.

Antes deste encontro, a tenista ucraniana liderava o frente a frente entre ambas por impressionantes 5-0.

A vitória em Shenzhen é o culminar de uma época de sonho para Ashleigh Barty, que em 2019 atingiu os primeiros quartos de final de torneios do Grand Slam em singulares (no Australian Open), depois as primeiras meias-finais, a primeira final e o primeiro título (em Roland Garros), entrou pela primeira vez no top 10 (em março), chegou a número um três meses depois e agora encerra da melhor forma a primeira participação no “Masters”, igualando os feitos de Serena Williams (vencedora em 2001), Maria Sharapova (2004), Petra Kvitova (2011) e Dominika Cibulkova (2016).

Mas a temporada ainda não acabou: dentro de uma semana, a australiana de 23 anos tem a final da Fed Cup para disputar, em casa, contra a França.

Quanto ao WTA Finals, há mais história para além da conquista do troféu (que coloca um ponto final no jejum australiano que se prolongava há 43 anos): é que o cheque recebido por Ashleigh Barty este domingo é o maior de toda a história da modalidade. Apesar de não levar para casa a maior quantia possível (para isso teria de ter ganho todos os encontros da fase de grupos), a líder do ranking foi premiada com nada mais, nada menos do que 4,42 milhões de dólares — mais do que em qualquer torneio do Grand Slam e o dobro do que será oferecido ao vencedor do “Masters” masculino.

Também por isso, este é um dia histórico para o ténis e o desporto feminino.

Última atualização às 13h20.

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