É o fim de um ciclo: o Brasil Open vai ser substituído por um torneio em Santiago do Chile e chega assim ao fim depois de 19 épocas consecutivas a fazer parte do calendário do circuito masculino.
O desaparecimento ainda não foi oficializado nem pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) nem pela Confederação Brasileira de Tênis, mas é dado como certo — e será, por isso, apenas uma questão de tempo — agora que a capital chilena tem assegurada a realização de uma prova do mesmo nível na mesma semana.
O Brasil Open nasceu no início do século e teve como campeão da edição inaugural, em 2001, o checo Jan Vacek, que despedaçou os corações da casa ao derrotar Fernando Meligeni na grande final. Mas não demorou até haver festa brasileira: logo em 2002, e novamente em 2004, Gustavo “Guga” Kuerten sagrou-se campeão — sempre com vitórias sobre argentinos: primeiro Guillermo Coria, depois Agustín Calleri.
Na lista de campeões da “primeira vida” do torneio, que foi realizado na Costa do Sauípe entre 2001 e 2011, surgem ainda Juan Carlos Ferrero, Tommy Robredo, Nicolás Almagro e Rafael Nadal. Em 2012 o torneio mudou-se para São Paulo e quer Almagro, quer Nadal voltaram a ser campeões, mas o maior destaque da história recente vai para as três vitórias consecutivas (2015, 2016 e 2017) de Pablo Cuevas, seguido de Fabio Fognini e Guido Pella na lista de campeões.
A edição de 2019 foi histórica para o ténis português porque pela primeira vez um representante nacional (João Sousa) foi o primeiro cabeça de série.
Para o Chile, que tem em Nicolás Jarry e Christian Garin duas estrelas da nova geração, o “Abierto de Santiago” (como para já é tratado) significa o regresso do circuito ATP ao país seis anos depois do último evento.
Já o Brasil, vê acentuado o momento menos positivo que o ténis atravessa no país e passa a contar com apenas dois torneios do circuito masculino: um Challenger, em Campinas, e um ATP 500, no Rio de Janeiro.