CALDAS DA RAINHA — À terceira foi mesmo de vez: depois das derrotas de Maria Inês Fonte (na terça-feira) e de Francisca Jorge (já esta quarta-feira), o Angogerman Oeste Ladies Open tem, finalmente, uma jogadora portuguesa apurada para a segunda ronda do quadro principal de singulares. Chama-se Inês Murta e, por coincidência ou não, é a que mais experiência tem entre as três.
Apesar de, tal como as compatriotas, estar a jogar pela primeira vez um torneio de 60.000 dólares, a algarvia já tinha feito outras paragens no circuito mundial (disputou a fase de qualificação do último Estoril/Portugal Open feminino, em 2014) e em campo, frente a Olga Parres Azcoitia, fez valer dessa experiência para superar vários altos e baixos e vencer, por 6-4, 2-6 e 6-4, ao fim de 2h18.
Num duelo que começou de dia e terminou de noite, Inês Murta quebrou por quatro vezes o serviço da espanhola no primeiro parcial e depois de um segundo set em que não lhe conseguiu criar dificuldades no serviço — e em que se começou a precipitar para as linhas, o que resultou num aumento dos erros não forçados — voltou à carga. Das sete oportunidades criadas na partida decisiva, aproveitou três e foram suficientes para sair do court com muitas razões para sorrir.
Com esta vitória, a jogadora treinada por João Antunes já tem garantidos nove pontos para o ranking WTA. Apesar da próxima adversária da número dois nacional ainda não ser conhecida, é provável que constitua um desafio de outras dimensões, uma vez que sairá do encontro entre a grega Valentini Grammatikopoulou (232.ª) e Kaia Kanepi, estónia que defende o estatuto de primeira cabeça de série, é a número 115 do mundo e já foi 15.ª, contando no currículo com vários títulos WTA (um dos quais na terra batida do Jamor, em 2012).