Maria Inês Fonte derrotada sob os holofotes na estreia no Angogerman Oeste Ladies Open

CALDAS DA RAINHA — A participação portuguesa no quadro principal de singulares do Angogerman Oeste Ladies Open começou com sabor agridoce: num duelo em que foi necessário recorrer à iluminação artificial para se conhecer a vencedora, depois da chuva que atrasou o arranque de jornada, Maria Inês Fonte não conseguiu aproveitar as oportunidades de que dispôs e perdeu para a qualifier Ainhoa Atucha Gomez, por 6-4 e 6-3.

Com um sorteio acessível atendendo à qualidade (e importância) do torneio, a jogadora maiata de apenas 17 anos esteve em boa posição de vencer os dois parciais mas foi “traída” por quebras de concentração em momentos determinantes: ao 4-4 do primeiro set, quando tinha uma vantagem de 30-0 do seu lado, cometeu quatro erros não forçados e acabou por ceder o jogo de serviço que ditou uma inversão na tendência dos acontecimentos; depois, ao 3-3 da segunda partida — numa fase em que Atucha Gomez já tinha sido assistida ao tornozelo direito —, Fonte voltou a perder terreno.

Apesar de ainda ter oferecido luta no momento em que serviu para se manter em prova (salvou os primeiros cinco match points que enfrentou), a portuguesa já não voltou a adicionar jogos ao marcador e foi derrotada quando o relógio do encontro assinalava 1h36.

Na análise ao encontro, Maria Inês Fonte reconheceu que o encontro ficou decidido nesses dois momentos. “Entrei bem, claro que algo nervosa mas muito entusiasmada porque é um torneio grande, de 60.000 dólares. Houve dois momentos decisivos: o 4-4 do primeiro set comigo a servir e o 30-0, em que fiquei ansiosa e cometi quatro erros. Tive uma quebra e ela aproveitou e até ganhou quatro jogos consecutivos. E depois o 3-3 do segundo set, que foi para ela por causa desse jogo em que também estive por cima.”

A jogadora do Centro de Alto Rendimento admitiu que “não conhecia a adversária, só sabia que era esquerdina e tinha um bom serviço” e deixou uma garantia: “Claro que fico triste com o resultado mas saio de cabeça erguida, foi uma experiência muito boa e espero jogar muitos mais torneios deste género.”

Este foi o único encontro de singulares do dia a envolver uma tenista portuguesa. Francisca Jorge e Inês Murta, que também receberam wild cards, só vão a jogo na quarta-feira, mas entretanto já há, inclusive, vitórias lusas na variante de pares: ao lado de Olga Parres Azcoitia, com quem tem formado parceria nos últimos meses, a vimaranense derrotou Verena Meliss e Laetitia Pulchartova por 6-3 e 7-5 para chegar aos quartos de final. E Sara Lança também foi bem sucedida com Ekaterina Shalimova, ao superar Elizabet Hamaliy e Valeria Koussenkova pelos parciais de 6-4 e 6-1.

À hora de publicação deste artigo, Inês Murta e a suíça Karin Kennel defrontavam Yuliya Hatouka e Diana Marcinkevica.

Para quarta-feira estão marcados seis duelos só no que diz respeito ao palco principal, dos quais se destacam as primeiras rondas de Francisca Jorge (segundo jogo das 13h30), Inês Murta (não antes das 17h) e logo de seguida Kaia Kanepi, a grande figura de cartaz do torneio.

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