A roçar a perfeição, Simona Halep arrasa Serena Williams e sagra-se campeã de Wimbledon

Fotografia: AELTC/Eddie Keogh

Há uma nova rainha no All England Club.

Perante a realeza britânica e aquela que é considerada por muitos a melhor jogadora da história, Simona Halep mostrou-se imune a todos os tipos de pressão e derrotou Serena Williams (6-2 e 6-2) para se sagrar campeã de Wimbledon à primeira tentativa.

É o segundo título em torneios do Grand Slam para a romena de 27 anos, que depois de três finais perdidas conquistou a primeira coroa em Roland Garros, na última temporada.

Sem olhar a favoritismos, a número sete do mundo (que estava longe de ser uma das principais candidatas quando a quinzena de ténis começou) voltou a apresentar o ténis que nas últimas duas semanas a transformou numa excelente jogadora em relva e a impressionar com uma cobertura do court estonteante que levou Serena Williams ao desespero.

Porque a um arranque perfeito de Halep se juntou (mais) um começo muito nervoso da norte-americana, num piscar de olhos o marcador tendeu claramente para o lado da romena. Ao fim de 11 minutos, já liderava por 4-0 e não demorou a fechar um primeiro parcial em que cometeu apenas dois erros não forçados — em contraste com os 10 que Serena não conseguiu evitar. E terminou o encontro com… Três (bem opostos aos 25 da adversária).

Se no lançamento da decisão se dizia “finalmente pronta” para lutar pelo tão desejado 24.º título em torneios do Grand Slam — que lhe permitiria igualar o recorde absoluto de Margaret Court, terminando de uma vez por todas com o quase eterno debate “Era Open, não Era Open” —, Serena Williams voltou a quebrar. Tal como neste mesmo palco, há um ano (perdeu para Angelique Kerber), e no US Open, pouco depois (foi derrotada por Naomi Osaka), a atual número 11 do ranking cedeu aos nervos e ficou impossibilitada de praticar o ténis que vinha a fazer render nos últimos dias.

Perante uma Simona Halep tão autoritária quanto a que hoje se apresentou em pleno Centre Court, não jogar nem de perto o seu melhor ténis significou não ter a mínima hipótese numa final que a cada minuto que passou se revelou mais dada a uma vitória da “underdog”. E assim 55 minutos bastaram para a festa ser romena — e que festa.

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