Foi um Rafael Nadal cheio de elogios para o adversário aquele que se apresentou na maior sala de conferências de imprensa do All England Club depois da derrota para Roger Federer na segunda e última meia-final do torneio de Wimbledon.
Impedido de disputar uma sexta final no Grand Slam britânico, o número dois do mundo atribuiu o mérito ao adversário: “Tive as minhas hipóteses mas ele jogou melhor do que eu. Provavelmente não estive tão bem quanto nas rondas anteriores e ele jogou bem, por isso mereceu a vitória.”
Depois daquele que foi o 40.º capítulo de uma rivalidade histórica com Federer, Nadal descreveu o suíço numa só frase: “Ele é sempre capaz de tornar fáceis as coisas difíceis.”
E esta sexta-feira foi isso mesmo que aconteceu: o helvético apontou 51 winners, ganhou 25 dos 33 pontos em que investiu na subida à rede e venceu 73% dos pontos disputados no seu primeiro serviço e 62% no segundo (contra 74% e 48% do espanhol).
Mas não só: “A resposta dele foi melhor do que a minha. Eu não consegui receber bem e quando isso acontece ele tem a vantagem do lado dele porque tu acusas a pressão e ele começa a controlar o encontro”, acrescentou Nadal.
Um mês depois de ter derrotado o arquirrival na mesma fase do torneio de Roland Garros, onde acabaria por erguer o troféu pela 12.ª vez na carreira, o maiorquino de 33 anos voltou a perder para o suíço e revelou que mentalmente se deixou preocupar por uma falha no seu jogo: “A minha esquerda não esteve tão boa quanto nas rondas anteriores e acabei por ficar um bocadinho preocupado, por isso não me consegui deslocar livremente para bater a direita. Estava preocupado em não falhar bolas com a esquerda e quando isso acontece contra um jogador como ele as coisas ficam muito difíceis”, confessou, antes de concluir que talvez as dificuldades tenham surgido devido aos nervos.