Costuma dizer-se que o céu é o limite. E se não é, assim parece — pelo menos no caso de Roger Federer.
A um mês de celebrar o 38.º aniversário, o lendário tenista suíço tornou-se esta quarta-feira no primeiro homem da história a celebrar por 100 vezes no mesmo torneio do Grand Slam.
E assim está de regresso às meias-finais de Wimbledon, onde persegue o nono título de campeão.
Um ano depois de ter desperdiçado uma vantagem de dois sets a zero perante Kevin Anderson, Federer voltou a enfrentar dificuldades. Mas desta vez logo de início, devido a uma entrada verdadeiramente em falso perante um Kei Nishikori que no passado já lhe tinha criado muitas dificuldades.
Com a precisão de um robot, o guerreiro nipónico conseguiu mesmo adiantar-se no marcador e ganhar a vantagem de um parcial. Mas não chegou. Uma vez na frente, o número sete do mundo voltou a ceder à apatia que tantas vezes o atormenta em ocasiões desta importância e deixou de conseguir criar o mesmo tipo de dificuldades a Federer, que com uma subida de nível considerável passou a ter uma palavra a dizer e, graças a um segundo set perfeito, ganhou embalo para a vitória pelos parciais de 4-6, 6-1, 6-4 e 6-4.
Foi a 13.ª vitória de Roger Federer em quartos de final no torneio de Wimbledon, o que lhe permite aumentar o recorde de que tomou posse em 2017 (atrás dele vem Jimmy Connors, com 11, seguido de Boris Becker, Arthur Gore, Herbert Lawford e Novak Djokovic, que hoje carimbou o acesso pela nona ocasião na carreira). No que a torneios do Grand Slam diz respeito, são já 45 as meias-finais alcançadas — mais um recorde.
E foi, também, a 37.ª vitória da temporada, o que lhe permite saltar novamente para a liderança dessa tabela e ficar à espera de Rafael Nadal — frente a Sam Querrey, o maiorquino também tem na raquete a possibilidade de selar esta quarta-feira o 37.º triunfo do ano e se o fizer marcará encontro com o seu arquirrival um mês depois do duelo nas meias-finais de Roland Garros
Última atualização às 18h28.