Federer arrasador mostra quem manda na relva e confirma o 17.º apuramento para os quartos de final

Matteo Berrettini chegou ao torneio de Wimbledon como o líder de vitórias em encontros disputados ao mais alto nível em relva na presente temporada. Mas o rei da superfície dá pelo nome de Roger Federer e isso ficou bem evidente no duelo desta segunda-feira, que não tardou a transformar-se num verdadeiro passeio.

Nem mesmo com a relva mais lenta de que há memória nos últimos anos o helvético sentiu dificuldades. Na verdade, Federer — que se prepara para celebrar o 38.º aniversário no mês de agosto — fez do Centre Court do All England Club o seu jardim (outra vez…) e alinhou uma exibição intragável que lhe permitiu fazer do italiano o que quis.

O resultado anunciado pelo árbitro português Carlos Ramos diz tudo: 6-1, 6-2 e 6-2 ao fim de meros 75 minutos.

Se as 12 vitórias em 13 encontros de Matteo Berrettini — foi campeão em Estugarda e semifinalista em Halle nas semanas que antecederam esta edição do torneio de Wimbledon — e os oito triunfos sem resposta de Roger Federer na superfície poderiam fazer antever um duelo equilibrado, essa possibilidade dissipou-se num piscar de olhos.

O número três do mundo, segundo cabeça de série graças aos registos na superfície, aproveitou o primeiro break point de que dispôs e disparou no marcador, de tal forma que o primeiro parcial ficou fechado ao cabo de apenas 17 minutos.

E o massacre prolongou-se tão depressa quanto se iniciou: Federer não deu nenhum espaço na sua pancada de serviço (nos dois primeiros sets cedeu apenas cinco pontos) e meia-hora depois já liderava por dois sets a zero graças a uma exibição de tal forma arrasadora que Berrettini se resolveu a recolher aos balneários.

Mas nada resultou. Nem a pausa, nem o trabalho que o tenista italiano de 23 anos vinha a realizar com Craig O’Shannessy (o conhecido analista que nos últimos anos integrou a equipa de Novak Djokovic) — nada. Porque aliada à falta de inspiração de Berrettini esteve uma exibição perfeita de Federer, que assim conseguiu somar uma das suas vitórias mais rápidas de sempre no torneio para chegar aos quartos de final pela, imagine-se, 17.ª vez — e 55.ª em torneios do Grand Slam, aumentando um recorde que já lhe pertencia.

Os números não se ficam por aqui: com esta vitória, Roger Federer torna-se no mais velho quartofinalista de Wimbledon desde Jimmy Connors, em 1991, e mantém-se a par de Rafael Nadal no topo da lista de jogadores com mais vitórias em 2019: são já 36.

Se quer o suíço, contra o vencedor do duelo entre Kei Nishikori e Mikhail Kukushkin, quer o espanhol, que vai ter pela frente Sam Querrey, ultrapassarem os próximos desafios, esse empate será desfeito num tão aguardado encontro nas meias-finais, visto que os dois estão na mesma metade do quadro.

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