A um dia do arranque de mais uma edição de Wimbledon, o torneio de ténis mais antigo da história, o antigo tenista Mats Wilander, que atualmente comenta no Eurosport, fez uma pequena antevisão da prova para o canal. Entre outras coisas, o sueco avaliou os principais favoritos, as hipóteses de Roger Federer e os talentos da NextGen capazes de surpreender.
Num primeiro ponto de partida, Wilander recusa atribuir o favoritismo a Federer, apesar de reconhecer que os favoritos são “os mesmos de sempre”. “Não, ele [Federer] não é o principal favorito. Não é o grande favorito, claro que não. Devido aos cinco sets, acho que não sabemos como é que ele vai reagir a alguns jogos de cinco sets. Mas ele está entre os favoritos, que provavelmente são os mesmos de sempre. Para mim, diria que são o Novak [Djokovic], o Roger e o Rafa [Nadal]“, começou por dizer o sueco, que em Wimbledon apenas conseguiu alcançar os quartos de final durante a carreira.
Ainda assim, de entre os três candidatos, Wilander consegue ser mais específico e atribuir um ligeiro favoritismo a um deles: “Novak tem um ligeiro favoritismo em relação aos outros dois, devido ao que aconteceu em Roland Garros, devido ao que aconteceu nos últimos meses. Não estou certo de que Federer ainda seja capaz de ganhar em cinco sets. Se estes encontros fossem em dois ou três sets, então talvez. Mas não são e isso faz uma grande diferença. Novak, Roger e Rafa, por esta ordem. E acho que ainda existem mais cinco ou seis que podem causar algumas surpresas.”
Sobre a possibilidade de Roger Federer poder vencer mais um Grand Slam: “Acho que é isto: Wimbledon é a sua melhor hipótese. Na minha opinião, é o único que ele tem uma hipótese de vencer. Em Wimbledon, basicamente colocas logo de parte metade do quadro porque não são capazes de saber como se joga em relva. Nunca jogaram em relva antes e não podes simplesmente chegar a Wimbledon e jogar bem em relva. Então, acho que existem uns 20 a 25 jogadores com quem ele pode potencialmente perder num dia destes. Isso dá-lhe uma boa hipótese. Acho que é isto, é o último que ele pode vencer.”
A terminar, Wilander alerta para os jovens capazes de causar surpresa: “Eles ainda não são bons o suficiente em cinco sets para vencer os melhores de forma regular, mas podem definitivamente causar surpresas durante o torneio. [Daniil] Medvedev, [Stefanos] Tsitsipas, [Felix] Aliassime, [Denis] Shapovalov ou [Karen] Khachanov, que ainda faz parte da geração mais jovem. Existem alguns, talvez uns 10 tenistas com 21, 22 anos, ou até menos, e que podem bater os três melhores num jogo”, concluiu.