O oitavo encontro da história entre Dominic Thiem e Gael Monfils prometia mais do que todos os anteriores, mas defraudou as elevadas expetativas e acabou por significar “apenas” mais um dia no trabalho para o tenista austríaco.
6-4, 6-4 e 6-2 foram os parciais de uma “vitória vazia” para o finalista de 2018, que contou com uma redução de rendimento drástica por parte do jogador da casa para avançar tranquilamente para os quartos de final — os quartos consecutivos em Roland Garros.
Apesar de ser apontado como o grande favorito à vitória no encontro desta segunda-feira, Dominic Thiem tinha pela frente a melhor versão de Gael Monfils, que pela primeira vez assumiu a determinação de ganhar o torneio e com razões para isso — ou não estivesse a realizar o melhor arranque de temporada da carreira.
Mas o início depressa colocou um ponto final nas expetativas de (quase) todos: em apenas sete minutos, o quarto cabeça de série ganhou a vantagem de um duplo break e só não fechou o parcial de forma mais expressiva porque Monfils “acordou” a tempo de fugir a um resultado escandaloso, mas sem reunir argumentos para almejar mais do que isso.
Psicologicamente ausente da maioria dos pontos, o herói da casa foi o que não poderia ser — uma sombra daquele que se apresentou em campo nas três rondas anteriores, em que não cedeu qualquer set. Só em raros momentos é que Monfils conseguiu fazer uso da nota artística que tão característica lhe é e a consistência nunca apareceu, cometendo demasiados erros não forçados que, contra um adversário do calibre de Thiem, só poderiam significar uma coisa: a derrota.
Enquanto a França fica sem representantes quer num quadro de singulares, quer no outro — horas antes, os adeptos da casa já se tinham despedido de Benoit Paire, que liderou por 4-1 no parcial decisivo mas não conseguiu manter a vantagem frente a Kei Nishikori —, a Áustria volta a ter razões para sorrir: este é o quarto ano consecutivo em que Dominic Thiem alcança os quartos de final, sendo necessárias mais algumas horas para ficar conhecido o próximo adversário. Ou Karen Khachanov, ou Juan Martin del Potro. Quer contra um, quer contra outro será o claro favorito à vitória.