LISBOA — Três semanas, 16 encontros, muitas vitórias, emoções e até um título. João Domingues atravessa o melhor momento da carreira e esta quarta-feira acusou o desgaste, acabando eliminado no encontro de estreia do Lisboa Belém Open que, confessa, não teria jogado se não se tratasse de um torneio organizado na sua segunda casa.
Visivelmente desgastado ao longo de todo o encontro, o jogador natural de Oliveira de Azeméis confirmou o que já se sentira em campo, nos cerca de 60 minutos em que fez frente a Mario Vilella Martinez. “Têm sido semanas muito intensas, com muitos jogos. Se fosse noutro sítio qualquer não teria jogado o torneio. Não estava a 100% mentalmente mas é sempre bom jogar em casa e não queria saltar a semana.”
Apesar de ter conseguido chegar à lista de cabeças de série dias antes do quadro principal ser sorteado, João Domingues não tinha um desafio fácil pela frente no encontro de estreia e sabia-o. “Ele é um bom jogador, que me obriga a jogar todos os pontos e eu não estava com energia para combater isso, para conseguir reagir ao jogo dele”.
Instruído pela equipa técnica a ser “agressivo e tentar aproveitar este jogo para treinar outro tipo de coisas que me podem dar frutos no futuro”, o número três nacional — que esta semana atingiu um novo máximo de carreira, o 163.º posto no ranking ATP — insistiu que mesmo sendo uma derrota relativamente esperada atendendo ao desgaste sai do CIF insatisfeito. “Neste momento não tenho boas sensações porque sou muito ambicioso, muito competitivo e estou chateado e triste por ter perdido e por não ter estado em boas condições para conseguir jogar bem.”
E porque “as três semanas muito boas” são “passado”, João Domingues diz já ter “virado a página”. Afinal, o foco agora passa a ser nova participação em Roland Garros, onde vai tentar ultrapassar a fase de qualificação de um torneio do Grand Slam pela primeira vez.