BRAGA – Pela segunda vez em duas edições, há pelo menos um tenista português apurado para os quartos de final do quadro principal de singulares do Braga Open. Se Pedro Sousa e Gastão Elias foram os jogadores em maior destaque no ano de 2018, em 2019 é João Domingues quem chega à “segunda metade” do maior torneio do Norte do país.
O jogador de Oliveira de Azeméis viveu um dia difícil, precisando de três sets (com uma reviravolta à mistura) para seguir em frente, e no final, em declarações ao Raquetc, fez uma análise ao encontro frente a João Menezes, do Brasil, destacando um fator. “Só pelo simples facto de jogarmos num campo coberto já estava à espera de muitas dificuldades, porque é um tipo de campo em que não jogo há algum tempo e no qual sabia que o meu adversário ia tornar-se bastante duro, porque é um jogador que joga bem em pisos rápidos e bate forte na bola.”
Por isso, João Domingues revelou-se “sinceramente muito feliz por ter conseguido esta vitória, porque me superei e consegui adaptar o meu jogo de forma a jogar para dar a volta e conseguir vencer.”
O número três nacional reforçou que “tive de adaptar a minha forma de jogar, porque o jogo ficou muito mais rápido e não havia o espaço no campo a que estou habituado nos últimos tempos. Nem sempre foi fácil, também pelo mérito do adversário, e é claro que estou cansado mas isso faz parte e é bom sinal — significa que ainda estou a jogar, que ainda estou vivo.”
O próximo adversário de João Domingues, que nas últimas semanas foi vice-campeão do Challenger de Tunes e quartofinalista do Millennium Estoril Open, é Norbert Gombos, eslovaco que ocupa o 208.º posto ATP e em outubro de 2017 chegou ao top 80 do mundo. O encontro acontecerá pouco mais de 12 horas depois do português ter concluído o encontro dos oitavos de final, pelo que “o foco está em recuperar o melhor possível para amanhã”, um dia que pode ser sinónimo de jornada dupla — as meias-finais jogam-se da parte da tarde, devido ao atraso que a chuva causou nas jornadas anteriores.