ESTORIL – Muito calmo e tranquilo como é habitual. Foi este o estado de espírito de um João Domingues que se apresentou na sala de conferência de imprensa pouco depois de terminar o jogo de pares.
Como seria o expectável, o foco da conversa não foi o encontro de pares, mas sim a passagem aos quartos de final em singulares pela primeira vez na carreira. “Há dois anos estive muito perto e não consegui. Em São Paulo, também não estive longe. Hoje é um dia marcante.”
“Não foi como eu desejava, mas senti-me muito cómodo no court. Só me apercebi da lesão no segundo set quando reparei que ele se movimentava de uma forma diferente. Até fiquei um pouco nervoso, mas soube gerir a situação e salvei os dois break points antes de ele desistir”, confessou o português sobre a lesão de John Millman.
Sobre o próximo adversário (Tsitsipas ou Andreozzi), João Domingues não acrescentou muito. “Sinceramente, não tenho preferência nem adversário ideal. É-me indiferente. Eu penso muito jogo a jogo e, como já disse antes, tenho sempre as minhas chances.”
Em relação ao seu novo treinador, o jogador de Oliveira de Azeméis confirmou que é um nome importante no mundo do ténis e o pode ajudar muito. “Todos conhecem o Lari e sabem o que ele fez. Ajuda muito o facto de ele ser uma óptima pessoa. Espero que ele me ajude nas experiências que eu estou a passar porque ele certamente também já passou por elas com outros jogadores. Penso que me pode guiar para o caminho correto”.
Quando questionado sobre a importância relativa destes quartos de final ou vencer um torneio Challenger, João Domingues aproveitou para dar a sua opinião sobre o novo modelo. “O nível do Challenger é muito competitivo, é pena que não tenha tanto impacto ou visibilidade. Com as novas regras, é muito mais difícil escalar a montanha.”