Há entradas e entradas. A de Pedro Sousa no Challenger de Alicante, esta terça-feira, foi impressionante: sem vencer qualquer encontro desde novembro do ano passado, o número dois português colocou um ponto final nesse considerável jejum e logo com um triunfo esclarecedor sobre um antigo top-5 ATP, Tommy Robredo.
Frente a frente pela terceira ocasião nas respetivas carreiras, Sousa já sabia, por isso, o que o esperava e foi capaz de colocar em marcha o seu plano desde o princípio ao fim: com um ténis consistente e ao mesmo tempo possante como é seu apanágio, o tenista lisboeta de 30 anos soube “levar a água ao seu moinho” e contrariar as investidas de Robredo, que apesar da sua veterania e experiência ao mais alto nível acabou por não representar qualquer perigo.
A prova do ascendente total de Pedro Sousa, terceiro pré-designado fruto da 103.ª posição que ocupa na tabela individual na presente semana, sobre o conceituado jogador de 36 anos, oriundo de Hostalric e atual 223.º do ranking, reflete-se, de resto, na marcha do marcador: depois da perda do primeiro jogo do embate, Sousa arrancou para uma série de nove jogos consecutivos (!) que só foi interrompida para a conquista de mais um jogo por parte de Robredo e lhe valeu uma liderança letal e consumada através dos parciais finais de 6-1 e 6-1.
Encerrada esta fase negativa, o jogador luso chega assim aos oitavos de final da prova espanhola que se disputa na Juan Carlos Ferrero Academy e procura agora dar a melhor sequência a este estrondoso triunfo já na próxima eliminatória, onde irá encarar novo opositor espanhol: desta feita o 16.º pré-designado, o talentoso Alejandro Davidovich Fokina (172.º ATP).
