A Hopman Cup terminou, escreve o The West Australian esta quarta-feira (já quinta-feira naquele país). 31 anos depois de ter sido criada, a história e a espetacularidade de encontros improváveis entre lendas de raquete na mão deixaram de ser combustível suficiente para manter o torneio de exibição na estrada, onde a partir de 2020 passa a circular apenas a recém-criada (e ainda por estrear) ATP Cup.
Se ao longo das últimas três décadas a competição da Federação Internacional de Ténis (ITF) colocou lado a lado e frente a frente nomes como Roger Federer e Serena Williams — listar o mais recente dos exemplos não faz justiça ao historial da Hopman Cup –, a partir da próxima época tudo muda.
Em vez de um torneio misto de exibição, a temporada vai arrancar com uma nova competição, oficial e exclusivamente masculina, que surge como uma resposta da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) à reformulação da Taça Davis por parte da ITF.
O formato já é conhecido e as datas também. Quanto aos locais, começou por se saber que Brisbane e Sydney serão duas das “cidades-casa” do novo torneio por equipas. E com a extinção da Hopman Cup o mais certo é que Perth, que nos últimos anos tinha recebido a competição, seja a terceira e última escolhida.
Os formatos de cada confronto entre equipas serão semelhantes, mas a ATP Cup não terá o que se revelava o grande trunfo da Hopman Cup — o ténis misto, capaz de juntar estrelas dos circuitos masculino e feminino do mesmo lado do court e não só. A mesma publicação australiana avança que está a ser considerada a criação de um torneio profissional feminino em Perth para combater o desaparecimento das estrelas do circuito, mas nunca para antes de 2021.
Em janeiro, David Haggerty (Presidente da ITF) tinha assegurado a continuidade da Hopman Cup até 2022 — ano em que o contrato assinado pela Federação Internacional de Ténis e a Tennis Australia terminava. Mas os australianos, críticos da nova Taça Davis e, no sentido oposto, adeptos da ATP Cup, lutaram por romper o contrato antes de tempo.