CARCAVELOS – A atribuição de um wild card para o quadro principal a Pedro Sousa foi o único segredo desportivo desvendado na apresentação do Millennium Estoril Open mais forte de sempre, que aconteceu esta quarta-feira no pólo da NOVA SBE. Mas as semanas que faltam até ao arranque da única etapa portuguesa do ATP World Tour (27 de abril a 5 de maio) vão ser sinónimo de mais novidades.
A informação foi adiantada por João Zilhão, o diretor do torneio, que apesar de ter guardado os detalhes para mais tarde adiantou que já chegaram vários contactos à organização. “Já temos três pedidos muito importantes de nomes muito sonantes que estamos a gerir e vamos ter de avaliar. Só temos dois wild cards e a gestão vai ser muito difícil.”
Em 2019, o Millennium Estoril Open tem apenas um “rival” — o ATP 250 de Istambul saiu do calendário, deixando o torneio de Munique como único companheiro da prova portuguesa –, pelo que é natural ser ainda mais cobiçado pelos jogadores e respetivos agentes, que querem definir calendários o quanto antes.
Para o torneio, no entanto, a pressa não é a mesma. “Estamos a pedir calma aos agentes, que querem respostas muito rápidas. Nós não queremos dar respostas assim tão rápidas porque queremos tomar a melhor decisão para o torneio mas com base nos pedidos que temos acho que vamos valorizar ainda mais o quadro”, rematou João Zilhão, que não quis adiantar qualquer pista em relação aos contactos que já recebeu.
O responsável máximo pelo único torneio do ATP World Tour a realizar-se em Portugal também reconheceu que “este ano tivemos sorte, conseguimos trazer nomes que eu não estava a contar que quisessem jogar nesta semana do calendário. É um ano atípico, ter quatro jogadores do top 20 e dois do top 10 num ATP 250 não é normal e obviamente que fizemos um bom trabalho a convencê-los mas não se pode esperar que os consigamos ter todos os anos.”
E porque este é o melhor Millennium Estoril Open de sempre… Sobra pouco espaço para os tenistas portugueses. A grande procura no que ao quadro principal diz respeito torna pouco provável a atribuição de mais um convite a outro jogador da casa, pelo que resta o qualifying para os restantes representantes lusos tentarem a sua sorte. Mas nem aí haverá muito espaço: com o nível tão alto — e o desaparecimento de um dos três eventos que se realizavam esta semana — o “cut-off” do qualifying vai subir e nenhum jogador português deverá ter entrada direta.
Nas palavras de João Zilhão, “com muita pena minha acho que só vamos ter dois portugueses no qualifying, que vão ser ajudados com wild cards por parte da organização.”