Na data certa, no momento certo e no local certo. A passagem do 94º aniversário da Federação Portuguesa de Ténis ficou assinalada por uma cerimónia oficial, no Estádio Nacional, que juntou o secretário de Estado da Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, e o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vítor Pataco, envolvendo a família do ténis numa sentida e merecida homenagem ao prof. Alfredo Vaz Pinto.
O momento solene aconteceu quando foram descerradas duas placas no Jamor: uma que dá início à gestão e exploração do complexo de ténis do Estádio Nacionalpor parte da entidade federativa e outra referente à homenagem à figura do prof. Alfredo Vaz Pinto, falecido em 2017, pelo seu valioso contributo à modalidade.
Foram dois momentos marcantes numa altura em que foram revelados, mais ao pormenor, pelo presidente Vasco Costa os planos para as futuras instalações federativas no Centro de Ténis do Jamor, onde já funciona o Centro de Alto Rendimento Jogos Santa Casa.
“Acredito que vamos ter um dos melhores complexos de ténis da Europa”, disse Vasco Costa, presidente federativo.
A figura do prof. Alfredo Vaz Pinto foi retratada através de um conjunto de imagens. “Tributo a Alfredo Vaz Pinto (1939-2017)”, é o nome da obra produzida pela Federação Portuguesa de Ténis (FPT) .
Foi passada em revista a carreira do jogador, treinador, capitão e formador que soube conquistar a simpatia dos adeptos do ténis dentro e fora do campo.
Vaz Pinto deu os primeiros passos no Clube de Ténis do Estoril sob a orientação do mestre Geza Torok no final dos anos 50, tendo como colegas de clube Olívio Silva e João Roquette, que mais tornou se tornou companheiro de pares. Ambos foram campeões nacionais por 6 vezes, 5 das quais consecutivas.
Em singulares, Vaz Pinto foi campeão nacional por 7 vezes e entrou para a história ao fazer parte da Seleção Nacional da Taça Davis, que obteve a sua primeira vitória frente ao Luxemburgo, em 1963, no Clube de Ténis do Estoril, em abril. Meses mais tarde, seria campeão nacional pela primeira vez no seu clube de eleição.
Vaz Pinto tinha uma paixão enorme pelo ensino e foi ele o primeiro responsável técnico pela criação da Escola de Ténis do Estádio Nacional em 1966. Mais tarde foi formador e dirigiu inúmeros cursos de treinadores, estando diretamente envolvido na organização de vários torneios infantis, entre os quais o “Sport Goofy”.
A Federação Portuguesa de Ténis prestou-lhe em vida várias homenagens e ao assumir a gestão e exploração do complexo do Jamor entendeu perpetuar o legado do prof. Alfredo Vaz Pinto, descerrando uma placa no Estádio Nacional.