Um venceu em 1h46, o outro em 1h23. Nenhuma das meias-finais de singulares masculinos do Australian Open foi sinónimo de espetáculo, mas o “Happy Slam” vai ter uma final de sonho: depois de Rafael Nadal, também Novak Djokovic arrasou para marcar encontro com o tenista espanhol pela 53.ª vez.
Frente a frente com uma das sensações do torneio, o número um mundial não arriscou: pôs Lucas Pouille “em sentido” desde o primeiro ponto, cortando tempo na execução das pancadas ao francês para lhe retirar todas as armas — e esperança — que podia ter.
Na verdade, o plano de Novak Djokovic não poderia ter sido mais simples e eficaz: o sérvio procurou as trocas de bolas longas para explorar os erros do adversário, terminando o encontro com um total de 24 winners contra apenas 5 erros não forçados, números bem diferentes do tenista gaulês, que fez 18 winners e 27 erros não forçados.
Perante números como estes o triunfo foi, sem surpresas, bastante expressivo: os parciais de 6-0, 6-2 e 6-2 deram a Novak Djokovic um lugar na final de um torneio do Grand Slam pela 24.ª vez. À sua frente só tem, claro, Roger Federer (30) e Rafael Nadal (25), mas ele é o mais novo dos dois e está outra vez a dominar o ténis mundial.
E agora… O recorde: Novak Djokovic — que nunca perdeu uma final em Melbourne — está a uma vitória de se tornar no maior campeão masculino do Australian Open (tal como ele, também Roy Emerson e Roger Federer têm seis títulos).
Mas para isso tem de passar pelo seu maior pesadelo: nenhum outro jogador o derrotou tantas vezes como Rafael Nadal, a rivalidade entre Novak Djokovic e Rafael Nadal é a maior da história do circuito masculino, já com 52 encontros disputados. O tenista sérvio leva a melhor no frente a frente com 27 vitórias, mas do outro lado terá o jogador que mais vezes o derrotou: Rafael Nadal já conheceu o sabor da vitória em 25 ocasiões, mas perdeu 12 dos últimos 15 encontros e não lhe ganha em piso rápido desde a final do US Open de 2013.
Atualizado às 10h21.