Quatro meses depois de ter feito história ao tornar-se na primeira tenista japonesa a conquistar um torneio do Grand Slam, Naomi Osaka quer mais: a número quatro do mundo somou a sexta vitória consecutiva para se tornar na primeira jogadora do Japão a chegar à final do Australian Open, de onde pode sair como a nova líder do ranking.
“Para ser sincera só quero dormir”. Foi assim, bem ao seu estilo, que a tenista-sensação dos últimos meses respondeu quando questionada se depois de mais uma vitória iria dar mais um passeio pelas ruas de Melbourne, cidade que aproveitou para conhecer nos últimos dias como combate aos nervos.
E não é para menos: o encontro desta quinta-feira foi disputado ao mais alto nível e sempre com grande intensidade durante 1h53 de puro espetáculo, com a jogadora japonesa a chegar aos 56 winners para vencer Karolina Pliskova pelos parciais de 6-2, 4-6 e 6-4 e somar o 13.º triunfo consecutivo em torneios do Grand Slam.
Neste encontro não houve altos e baixos mas sim alterações no marcador. O nível de jogo foi elevado do início ao fim e a diferença acabou por se fazer com um break ao terceiro jogo do último set, que aconteceu depois de Naomi Osaka ter salvo três break points consecutivos no anterior, onde precisou de sete minutos para segurar o serviço. A cobertura da Rod Laver Arena esteve sempre fechada — as temperaturas muito elevadas assim o exigiram — e por isso foi em condições indoor que a jovem nipónica confirmou que o que já se sabia: a campanha em Nova Iorque não foi circunstância única e muito menos fruto do acaso.
Aos 21 anos, Naomi Osaka é um verdadeiro fenómeno e o cenário de sábado não poderia ser melhor: pela frente vai ter mais uma jogadora checa, Petra Kvitova (que superou a grande surpresa do torneio), numa final que não só vale o título como a inédita subida ao topo do ranking mundial para a vencedora.
Atualizado às 7h35.