Diz o ditado que quem espera sempre alcança e Lucas Pouille não poderá estar mais de acordo: aos 24 anos, está a preparar uma segunda versão (melhorada, claro está) da carreira e parece pronto para regressar aos grandes resultados logo no início do ano: esta segunda-feira, o francês carimbou o apuramento para os quartos de final de um torneio do Grand Slam pela primeira vez desde 2016.
O segredo pode estar na alteração que Lucas Pouille fez no “banco”: no final de 2018 chamou para sua treinadora a compatriota Amélie Mauresmo, que depois de ponderar largou um cargo que não chegou a ocupar na renovada Taça Davis para o acompanhar pelo circuito fora.
E já há diferenças à vista: o número 31 do mundo recuperou o poder de fogo que lhe é característico e num duelo-espetáculo com Borna Coric apontou 57 winners rumo à vitória, assinada com os parciais de 6-7(4), 6-4, 7-5 e 7-6(2) ao fim de 3h15.
O que mais impressionou no jogo de Pouille foi a facilidade com que o tenista gaulês aproveitou as margens — por vezes pequenas — deixadas pelo croata nas subidas à rede para fazer o passing shot, encontrando ângulos onde por vezes parecia não existir qualquer espaço.
Esta é a terceira vez na carreira que Lucas Pouille chega aos quartos de final de um torneio do Grand Slam mas a primeira vez que o faz no Australian Open, onde aliás tinha caído sempre na primeira ronda (2014, 2015, 2016, 2017, 2018). É, também, a primeira vez desde fevereiro de 2018 — quando foi vice-campeão do ATP 500 do Dubai — que o gaulês celebra quatro triunfos consecutivos. E vai precisar de continuar a superar-se: o próximo adversário é Milos Raonic, que surpreendeu o alemão Alexander Zverev por 6-1, 6-1 e 7-6(5) para chegar pela quarta vez na carreira aos quartos de final.