Quase quatro horas depois do começo da sessão noturna a surpresa do torneio consumou-se. No primeiro encontro oficial entre ambos, Stefanos Tsitsipas colocou um ponto final nas 17 vitórias consecutivas de Roger Federer em Melbourne para inscrever o nome nos quartos de final do Australian Open.
Foi o fim da linha para o bicampeão em título do primeiro Grand Slam da temporada, que em conferência de imprensa lamentou a derrota. “Tenho muitos arrependimentos. Pode não parecer mas tenho, senti que custasse o que custasse tinha de ganhar o segundo set e isso custou-me o encontro. Mas perdi para o melhor jogador, hoje ele foi melhor, aguentou-se em jogo, criou as suas oportunidades e manteve-se sempre calmo, o que nunca é fácil — sobretudo para os jogadores mais novos, por isso merece todo o crédito.”
Roger Federer não conseguiu converter nenhum dos 12 break points de que dispôs e não escondeu que o capítulo da resposta ao serviço “não correu como esperava. Também não o consegui quebrar na Hopman Cup (um encontro que acabou por vencer com recurso a dois tie-breaks) por isso ele está obviamente a fazer um bom trabalho mas é sem dúvida muito frustrante.”
Antes de sair da sala de conferências de imprensa, o suíço de 37 anos — que não se alongou quando questionado sobre se vê características comuns entre os dois, referindo com algum humor “a esquerda a uma mão e o cabelo comprido que também já tive — deixou mais elogios ao jovem-sensação grego. “Tem feito um grande trabalho no último ano e meio. Já tinha derrotado o Novak [Djokovic] em Toronto, o Kevin Anderson, o Alexander Zverev e agora eu, aqui. É isto que tem de fazer para chegar ao próximo nível e está a conseguir fazê-lo. Vejo-o a estar ao mais alto nível durante muito tempo.”
Nesta mesma conferência de imprensa Roger Federer confirmou o regresso à terra batida, uma superfície onde já não compete há três anos.