O ténis tem destas coisas: sem qualquer triunfo em quadros principais de torneios do Grand Slam, Danielle Collins procurava no Australian Open 2019, pelo menos, chegar a essa primeira vitória. Ora, não só conseguiu como, três rondas depois, garantiu a qualificação para os quartos de final mais importante da carreira na sequência daquele que é, simultaneamente, o maior triunfo até à data.
A antiga vedeta do circuito universitário norte-americano, que começou a brilhar no ano passado em Indian Wells e Miami e ocupa neste momento a 35.ª posição da hierarquia individual, já tinha deixado bons indicadores nas eliminatórias anteriores (eliminou duas pré-designadas e ex-top-10 mundiais — na estreia superou Julia Goerges e na terceira ronda bateu Caroline Garcia) e este domingo foi o momento de consagração: arrasou a número dois mundial e campeã da edição de 2016, Angelique Kerber, por 6-0 e 6-2, em apenas 58 minutos.
Num duelo sem grande história, como é natural dada a marcha do marcador, Collins esteve verdadeiramente intratável: tanto a disparar pontos ganhantes como a provocar erros forçados a Kerber, que ainda não tinha cedido qualquer set em Melbourne até ao momento, a tenista natural da Florida não se mostrou inibida pelo desafio apresentado do outro lado da rede e construiu de forma demolidora, com três breaks em cada parcial e só com uma perda do seu serviço, uma vitória histórica.
Deste modo, e depois de à sexta tentativa ter conseguido estrear-se na segunda ronda de um Major, Danielle Collins não se quis ficar por aí e está na luta por um lugar nas meias-finais do primeiro Major do ano. Para lá chegar, a jogadora de 25 anos de idade terá que passar pela vencedora do embate entre a compatriota Sloane Stephens e a russa Anastasia Pavlyuchenkova.