Foi uma madrugada muito especial para Ashleigh Barty e os adeptos australianos, que voltaram a ver uma tenista da casa a atingir os quartos de final do seu Grand Slam 10 anos depois. Não foi, por isso, de estranhar o ambiente que se viveu no embate contra Maria Sharapova, algo a que a número um ‘aussie‘ não ficou indiferente.
“A atmosfera foi mesmo incrível. No primeiro match point, os meus ouvidos estavam a chiar. Penso que falhei alguns serviços por poucos milímetros e escolhi mal o tipo de serviço num segundo serviço no match point. Porém, estou muito feliz por ter fechado o encontro no fim e o público foi inacreditável. Nunca tinha jogado na Rod Laver [Arena] com tanta gente. Especialmente frente a uma campeã como a Maria que tem provado sistematicamente que pode recuperar de qualquer desvantagem. Ela tem provado do que é feita nos maiores palcos. É agradável [ter vencido]”, salientou.
Sobre a dificuldade que foi fechar o duelo (só conseguiu concluí-lo ao quinto match point), Barty reconheceu que foi ameaçada nessa reta final. “A Maria nunca iria entregar o jogo. É definitivamente uma campeã. Isso prova uma vez mais que ela irá lutar até ao último ponto. Sabia que era importante, em particular o jogo que deu o 4-3, tentar aguentar-me e safar-me daquele jogo de serviço. Tive oportunidades de fazer 5-0 e 5-2 também. Simplesmente não consegui executá-las. Estava a fazer todas as coisas bem mas estou muito feliz por ter prevalecido no fim”, frisou.
Em relação ao próximo encontro, em que terá pela frente Petra Kvitova numa reedição da final disputada há uma semana no WTA Premier de Sydney (ganha pela checa), a jovem tenista de 22 anos disse que “terá de vencer mais alguns pontos importantes” em comparação com esse prévio duelo. “É entusiasmante ter mais uma oportunidade contra a Petra assim tão rápido. Nem sempre isso sucede, onde tens uma espécie de repetição diante da mesma adversária. Estou realmente ansiosa por ter nova chance aqui”, afiançou.