Nos últimos dois anos, Alexander Zverev havia chegado à terceira eliminatória e perdido. Desta feita, porém, o jovem alemão disse ‘basta’ e conseguiu finalmente romper essa barreira ao vencer um jogador local rumo aos oitavos de final do Australian Open.
Frente a frente com a maior surpresa da competição até ao momento, o wild card australiano Alex Bolt (155.º ATP e responsável pelas eliminações dos ex-top 10 mundiais Jack Sock e Gilles Simon — 29.º pré-designado), Zverev, quarto cabeça de série e número quatro mundial, não se amedrontou pelos feitos do atleta da casa e impôs naturalmente o seu ténis.
Assim, e depois de um primeiro parcial em que ainda chegou a ceder o seu serviço por uma ocasião (respondeu, no entanto, muito bem nesse aspeto ao conseguir três quebras de serviço), o campeão do Nitto ATP Finals foi cirúrgico q.b.: no segundo set um break foi suficiente e no terceiro obteve dois que o catapultaram desde logo para a conquista do triunfo, cifrado nos parciais de 6-3, 6-3 e 6-2, em uma hora e 54 minutos de duelo.
Alexander Zverev, que tem tido claramente como ‘calcanhar de Aquiles’ as suas prestações em torneios do Grand Slam (só atingiu até agora por uma vez os quartos de final — aconteceu na edição do ano passado de Roland Garros), vai agora procurar repetir, pelo menos, esse seu melhor resultado mas a tarefa não se avizinha fácil.
Isto porque o mais novo dos irmãos Zverev terá pela frente o canadiano Milos Raonic (17.º), semi-finalista da edição de 2016 e 16.º favorito, que depois de eliminar Nick Kyrgios e Stan Wawrinka voltou a mostrar que está em grande forma ao derrotar o francês Pierre-Hugues Herbert (55.º) por 6-4, 6-4 e 7-6(6), em duas horas e quatro minutos.