Ainda em Doha, Novak Djokovic confirmou que a maioria dos jogadores não estão de acordo com o formato da nova Taça Davis nem com as condições de apuramento para os Jogos Olímpicos de 2020.
Antes de abordar a carta referida pelo sérvio, é importante relembrar as regras de qualificação para Tóquio 2020. Para além do ranking (top 56 em singulares e ser um dos quatro melhores classificados de cada país), os jogadores necessitam de cumprir três regras:
- Ter uma boa relação com o Comité Olímpico local;
- Participar em três competições por equipas (Taça Davis ou Fed Cup) entre os Jogos Olímpicos de 2016 e de 2020 – esta regra passa para duas se o país disputar as divisões mais baixas;
- Participar em pelo menos uma edição dessas competições em 2019 ou 2020;
É precisamente neste último ponto que surge a discórdia: no caso masculino, a última regra obriga a que os jogadores tenham de jogar pelo menos uma edição do novo formato da Taça Davis, formato este que gera tudo menos consenso.
Como presidente do Conselho de Jogadores, Novak Djokovic mostrou que não está de acordo com a Federação Internacional de Ténis. “Esta carta foi enviada ao Comité Olímpico Internacional (COI) porque sabíamos que a ITF não iria mudar as regras de acesso aos Jogos Olímpicos. Está assinada por 75% do top 20 mundial e isso quer dizer alguma coisa”.
“A carta mostra que os jogadores não estão de acordo com as condições impostas para participar nos Jogos. Devia haver mais opções do que jogar a Taça Davis”, explicou o atual líder do ranking mundial.
O sérvio concluiu a conferência de imprensa abordando três tópicos importantes: não só garantiu que vai jogar a nova Taça das Nações da ATP e que vai continuar a falar com mais jogadores sobre este tema, como revelou que ainda não sabe se participará nas Davis Cup Finals.